terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Manhã verde de Natal
No dia primeiro de dezembro, de 7h às 8h30min, no anfiteatro do Parque Ecológico Rio Branco, foi realizada a Manhã Verde de Natal Proparque.
O cantor e compositor Pingo de Fortaleza cantou músicas do seu novo CD Axé de Luz, os coopistas doaram alimentos não perecíveis que foram entregues à Paróquia São João do Tauape e o Proparque serviu um lanche ecológico aos presentes.
Entre as presenças, Secretário da Semam, Deodato Ramalho, que prometeu notificar os moradores do entorno do parque que jogam esgotos na nascente do riacho Rio Branco. Ele viu, inclusive, as manchas de óleo que sinalizam poluição de empresa de transportes rodoviários que também polui o parque com o lançamento de esgotos.
O que causa maior indignação é saber que o bairro já conta com o Projeto Sanear. De que adianta uns destinarem corretamente seus dejetos se outros insistem em ser sujões?
Limpeza da nascente já!
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Informativo Proparque
O Movimento Proparque informa aos coopistas e demais usuários do Parque Ecológico Rio Branco que está aprovada verba para manutenção e paisagismo do parque para o exercício de 2012, através do Orçamento Participativo, cuja assembleia aconteceu no dia 3 de outubro de 2011.
O Orçamento Participativo compreende várias etapas, sendo as mais importantes a assembleia para votação de prioridades, que é a apresentação das demandas dos bairros, e a assembleia dos resultados, que é quando se fica sabendo se a demanda votada passou, ou não, como viável pelos técnicos da prefeitura.
O Orçamento Participativo (OP) é um instrumento democrático que destaca a cidadania e retira a figura do atravessador, do político ou cabo eleitoral, e fortalece a participação popular organizada em movimentos reivindicatórios. A votação de prioridades ajuda a gestão pública a prestar um melhor serviço à comunidade, que escolhe pelo voto como e onde devem ser empregados os recursos públicos.
Foi graças ao Orçamento Participativo que o Movimento Proparque alcançou a grande vitória de sua atuação em quinze anos: a ampliação das pistas de caminhada, a construção do anfiteatro, o parque infantil, os equipamentos de musculação e as demais melhorias concluídas em 2008. Infelizmente, as depredações já são visíveis e por isso recorremos ao OP mais uma vez para conseguir verba para consertar as pontes, recuperar os bancos de alvenaria que estão quebrados, recuperar e ampliar os equipamentos de musculação e fazer a melhoria paisagística nos canteiros e nas alamedas do parque.
A atuação do Movimento Proparque é feita com o princípio da cidadania. Sabemos que o mais prático é recorrer aos políticos, principalmente em ano pré-eleitoral, quando tudo se promete em troca de voto, mas nós optamos por construir a nossa história reforçando a democracia, a participação e o interesse público. Por isso, nosso movimento é independente de partidos e de políticos. Agimos como voluntários e não recebemos verba pública nem privada. Para custear nossos projetos no parque nós temos outro projeto denominado Passeios Ecológicos Proparque, com o qual formamos um pequeno caixa para despesas como aluguel de som, confecção de cartazes e outros materiais de divulgação.
Nosso movimento é aberto e toda participação é bem-vinda. Reuniões ordinárias: toda quinta-feira, de 7h às 8h, no anfiteatro do parque.
domingo, 30 de outubro de 2011
Demandas do Movimento Ambiental por Áreas Verdes em Fortaleza
Por Luísa Vaz
A militância de mais de vinte anos em questões ambientais incentivou Ademir Costa a voltar à Universidade Federal do Ceará, onde havia colado grau em Comunicação Social nos anos 80, desta vez para o mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
Com o desafio de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, Ademir conseguiu defender a dissertação “Demandas do movimento ambiental por áreas verdes em Fortaleza”, no dia 30 de setembro de 2011, após fazer o registro de mais de vinte movimentos em Fortaleza. Com a metodologia da história oral, ele percorreu por vários bairros de Fortaleza ouvindo as histórias de pessoas e movimentos em suas lutas por áreas verdes.
Segundo Ademir, “é importante fazer o registro desses movimentos cuja tendência é caírem no esquecimento. Para se ter uma ideia do quanto as lutas populares são esquecidas, o Parque da Maraponga, que foi uma conquista do movimento ambiental do qual fizemos parte, no início dos anos 90, em menos de uma década, ao ser revitalizado na administração de Luizianne Lins, não foi dita uma única palavra em torno daquela luta vitoriosa e da qual muitos que hoje estão no poder também participaram”.
A militância de mais de vinte anos em questões ambientais incentivou Ademir Costa a voltar à Universidade Federal do Ceará, onde havia colado grau em Comunicação Social nos anos 80, desta vez para o mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
Com o desafio de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, Ademir conseguiu defender a dissertação “Demandas do movimento ambiental por áreas verdes em Fortaleza”, no dia 30 de setembro de 2011, após fazer o registro de mais de vinte movimentos em Fortaleza. Com a metodologia da história oral, ele percorreu por vários bairros de Fortaleza ouvindo as histórias de pessoas e movimentos em suas lutas por áreas verdes.
Segundo Ademir, “é importante fazer o registro desses movimentos cuja tendência é caírem no esquecimento. Para se ter uma ideia do quanto as lutas populares são esquecidas, o Parque da Maraponga, que foi uma conquista do movimento ambiental do qual fizemos parte, no início dos anos 90, em menos de uma década, ao ser revitalizado na administração de Luizianne Lins, não foi dita uma única palavra em torno daquela luta vitoriosa e da qual muitos que hoje estão no poder também participaram”.
sábado, 24 de setembro de 2011
Deixem o parque ser parque!
Ultimamente têm aparecido no parque pessoas com ar de salvador da pátria, querendo executar projetos pagos pela prefeitura com o discurso de que o parque "precisa ser utilizado". Nada contra quem quer ganhar dinheiro, mas uma verdade deve ser restabelecida: o Parque já tem seu uso! Por dia, mais ou menos 500 pessoas adentram o parque para as caminhadas, principal uso do parque. Jogadores amadores usam o campo de futebol, crianças e adolescentes do Projeto Crescer com Arte se encontram na sede do projeto, que é da prefeitura, o grupo de tai chi faz atividades nas segundas, quartas e sextas-feiras, os trabalhadores da Zona Geradora de Lixo têm um ponto de apoio no parque, aos domingos uma igreja evangélica do bairro usa o parque como salas de aula e, mais importante, o Proparque atua com diversos projetos desde 1995, conforme fotos em meu álbum virtual no orkut.
Mesmo que nenhuma atividade dessas que mencionei existisse, ainda assim o parque já teria o seu fim atingido como lugar que favorece o oxigênio para a cidade, o verde para a contemplação e o resfriamento do clima, o lugar de morada de pássaros, saguis e pequenos répteis, entre outras espécies. Isso não é pouco!
O pior que essas pessoas fazem é querer fazer intervenções na estrutura do parque, como colocação de pistas de bicicross, o que para nós configura perda de cobertura vegetal e impermeabilização, com o que jamais iremos concordar.
Mesmo que nenhuma atividade dessas que mencionei existisse, ainda assim o parque já teria o seu fim atingido como lugar que favorece o oxigênio para a cidade, o verde para a contemplação e o resfriamento do clima, o lugar de morada de pássaros, saguis e pequenos répteis, entre outras espécies. Isso não é pouco!
O pior que essas pessoas fazem é querer fazer intervenções na estrutura do parque, como colocação de pistas de bicicross, o que para nós configura perda de cobertura vegetal e impermeabilização, com o que jamais iremos concordar.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Passeio Ecológico Guaramiranga-Pacoti
Dia 18 de setembro de 2011
Saída às 6h do Parque Ecológico Rio Branco (entrada da rua Castro Alves) e retorno às 16h
Roteiro:
Remanso Hotel de Serra: trilha ecológica guiada; lazer e infraestrutura do hotel (piscinas, pesque-pague e áreas de contemplação) e almoço do tipo self service.
Preço individual: R$ 80,00 (inclui transporte em ônibus da Gertaxi, lanche e água a bordo, ingresso no Hotel Remanso e almoço).
Adesões mediante pagamento até o dia 12 de setembro. Não fazemos reservas.
Contatos: Luísa – 32541203 e 88381203
Visite o nosso blog: movimentopropaque.blogspot.com
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Manhã Verde do dia 28 de agosto de 2011
Imagine ouvir dois corais, do BNB Clube e da Camed Saúde, na Manhã Verde, curtindo o sombreado das castanholeiras do Parque Ecológico Rio Branco. Que as castanholeiras sejam objeto de desprezo dos técnicos da Emlurb isso é fato, mas que elas quebram o maior galho nesse sol de queimar, isso é ainda mais verdadeiro. Além da sombra, as castanholeiras dão um charme especial ao parque e geram a simpatia para quem entra naquele espaço pela Av. Pontes Vieira.
Tareco e mariola, do grande cearense Chico Pessoa, teve interpretação dupla do Forró ta Bunito, presente também na Manhã Verde, e do Coral do BNB Clube.
Outra atração da Manhã Verde foi o pula-pula, brinquedo que o Proparque alugou durante o evento para alegrar a garotada. O Projeto Livro em Movimento disponibilizou seu acervo para quem quisesse levar um livro, sem nenhum custo, como empréstimo.
Um abaixo-assinado foi feito durante o evento pedindo providências dos órgãos públicos quanto à colocação de lixo nas entradas do parque.
A Manhã Verde teve patrocínio exclusivo dos Passeios Ecológicos e apoio do BNB Clube e da Camed Saúde, com a apresentação dos seus corais.
Tareco e mariola, do grande cearense Chico Pessoa, teve interpretação dupla do Forró ta Bunito, presente também na Manhã Verde, e do Coral do BNB Clube.
Outra atração da Manhã Verde foi o pula-pula, brinquedo que o Proparque alugou durante o evento para alegrar a garotada. O Projeto Livro em Movimento disponibilizou seu acervo para quem quisesse levar um livro, sem nenhum custo, como empréstimo.
Um abaixo-assinado foi feito durante o evento pedindo providências dos órgãos públicos quanto à colocação de lixo nas entradas do parque.
A Manhã Verde teve patrocínio exclusivo dos Passeios Ecológicos e apoio do BNB Clube e da Camed Saúde, com a apresentação dos seus corais.
sábado, 27 de agosto de 2011
Manhã Verde Proparque
No dia 28 de agosto de 2011 o Movimento Proparque realizará mais uma edição do projeto Manhã Verde, no Parque Ecológico Rio Branco, de 9h às 12h. Na programação haverá apresentação dos corais do BNB Clube e da Camed Saúde e música regional do grupo Forró tá Bunito. O projeto Livro em Movimento, também do Proparque, disporá de livros para empréstimo como forma de incentivo à leitura. Além disso, será feito um apelo à comunidade do entorno do parque para que não jogue lixo nas ruas, especialmente nas entradas do parque.
O Movimento Proparque contribui, assim, para que o parque tenha visibilidade e seja um espaço de vivência solidária com o meio ambiente.
No dia 28 de agosto de 2011 o Movimento Proparque realizará mais uma edição do projeto Manhã Verde, no Parque Ecológico Rio Branco, de 9h às 12h. Na programação haverá apresentação dos corais do BNB Clube e da Camed Saúde e música regional do grupo Forró tá Bunito. O projeto Livro em Movimento, também do Proparque, disporá de livros para empréstimo como forma de incentivo à leitura. Além disso, será feito um apelo à comunidade do entorno do parque para que não jogue lixo nas ruas, especialmente nas entradas do parque.
O Movimento Proparque contribui, assim, para que o parque tenha visibilidade e seja um espaço de vivência solidária com o meio ambiente.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Orçamento Participativo: cidadania e democracia
(por Luísa Vaz)
O Orçamento Participativo é um valioso instrumento de consolidação da cidadania e da democracia e expurga o clientelismo, a troca de favores, a barganha e a politicagem nas demandas por serviços públicos.
Quem não conhece a famosa figura do “vereador do bairro” intermediando serviços com dinheiro público e depois cobrando voto, alegando que “fez” isso e aquilo, como se o dinheiro gasto numa obra fosse dele?
Na gestão da Prefeita Luizianne Lins o Orçamento Participativo ganhou uma nova vida, sendo justo reconhecer que houve muito incentivo à formação de grupos nos bairros para fomentar as discussões e dar maior amplitude à participação popular.
O Movimento Proparque participou das assembleias e conseguiu aprovar uma verba de R$ 430 mil, em 2006, dinheiro com que foram feitas várias melhorias no parque: troca do piso das trilhas, construção do anfiteatro, parquinho infantil, equipamentos de musculação, colocação de bancos, conserto dos portões e outros serviços.
No dia 26 de maio deste ano houve uma nova plenária para escolha de demandas da nossa Regional II. O Proparque esteve presente mais uma vez e conseguiu colocar como demanda uma verba para recuperação dos equipamentos do parque. O tempo e o vandalismo já deixam ver brinquedos quebrados, equipamentos de musculação sem condição de uso, portões enferrujados , bancos quebrados e outras deficiências.
Após análise técnica e orçamentária das demandas, uma nova plenária está prevista para este mês, quando haverá a votação de prioridade das demandas. No Orçamento Participativo existe uma relação ganha-ganha, pois na priorização das demandas, os grupos votam na sua proposta e em mais duas de outros grupos ou bairros, gerando, também, a solidariedade entre esses grupos ou bairros.
O Orçamento Participativo é um método que eleva o grau de cidadania ao fazer o elo entre os administradores públicos e a população que, assim, influencia diretamente na escolha da melhor aplicação de uma parte do dinheiro público. É um método educativo por ensinar que o dinheiro público não é uma fonte eterna e, que por isso mesmo, precisa ser bem utilizado. É participação cidadã, desinteressada, para o recurso ser aplicado pelo poder público com a influência direta dos cidadãos, sem intermediações e sem “toma lá, dá cá”.
O Orçamento Participativo é um valioso instrumento de consolidação da cidadania e da democracia e expurga o clientelismo, a troca de favores, a barganha e a politicagem nas demandas por serviços públicos.
Quem não conhece a famosa figura do “vereador do bairro” intermediando serviços com dinheiro público e depois cobrando voto, alegando que “fez” isso e aquilo, como se o dinheiro gasto numa obra fosse dele?
Na gestão da Prefeita Luizianne Lins o Orçamento Participativo ganhou uma nova vida, sendo justo reconhecer que houve muito incentivo à formação de grupos nos bairros para fomentar as discussões e dar maior amplitude à participação popular.
O Movimento Proparque participou das assembleias e conseguiu aprovar uma verba de R$ 430 mil, em 2006, dinheiro com que foram feitas várias melhorias no parque: troca do piso das trilhas, construção do anfiteatro, parquinho infantil, equipamentos de musculação, colocação de bancos, conserto dos portões e outros serviços.
No dia 26 de maio deste ano houve uma nova plenária para escolha de demandas da nossa Regional II. O Proparque esteve presente mais uma vez e conseguiu colocar como demanda uma verba para recuperação dos equipamentos do parque. O tempo e o vandalismo já deixam ver brinquedos quebrados, equipamentos de musculação sem condição de uso, portões enferrujados , bancos quebrados e outras deficiências.
Após análise técnica e orçamentária das demandas, uma nova plenária está prevista para este mês, quando haverá a votação de prioridade das demandas. No Orçamento Participativo existe uma relação ganha-ganha, pois na priorização das demandas, os grupos votam na sua proposta e em mais duas de outros grupos ou bairros, gerando, também, a solidariedade entre esses grupos ou bairros.
O Orçamento Participativo é um método que eleva o grau de cidadania ao fazer o elo entre os administradores públicos e a população que, assim, influencia diretamente na escolha da melhor aplicação de uma parte do dinheiro público. É um método educativo por ensinar que o dinheiro público não é uma fonte eterna e, que por isso mesmo, precisa ser bem utilizado. É participação cidadã, desinteressada, para o recurso ser aplicado pelo poder público com a influência direta dos cidadãos, sem intermediações e sem “toma lá, dá cá”.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Quando as semelhanças não são coincidências
(por Luísa Vaz)
O recente episódio dos R$ 400 mil que uma associação fantasma embolsou do Estado sob a promessa não cumprida de construir banheiros para uma comunidade carente de Pindoretama-CE me fez lembrar do filme “Quanto vale ou é por quilo?”, do cineasta Sérgio Bianchi (2005).
No filme é feita uma comparação da escravidão e seus males com o modelo neoliberal incorporado na prática de empurrar para o terceiro setor as demandas sociais que o Estado se recusa a atender diretamente, deixando as associações como executoras de projetos cujos resultados, via de regra, atendem mais os interesses dos executores que os interesses dos demandantes.
Em entrevista ao CETV, o governador disse que a intermediação da tal associação era a única forma de viabilizar a construção dos banheiros, mas não explicou por que diabos o Estado precisa dessa intermediação. Eu fico pensando que se é assim, por que o Estado não tem a precaução de saber a quem está entregando o dinheiro público? Será que o governador compra alguma coisa com o seu dinheiro dessa forma?
As cenas do filme são chocantes, mas não tanto quanto a vida real de pessoas cuja vulnerabilidade socioeconômica é exposta em manchetes de jornais, protagonistas de um enredo macabro que muitas vezes nem conseguem alcançar em sua amplitude.
E por falar em paralelismo, vou arriscar traçar um também, modestamente. Há um tipo de planta (parasita) que migra para as copas das árvores e rapidamente toma conta do caule dessas plantas, causando-lhes grande malefício e até a morte. Pois considero algumas associações, principalmente as comandadas (ou encomendadas!) por políticos, como parasitas que invadem o patrimônio público e causam grandes malefícios à cidadania. Explico: associação que se presta a certos papéis, com certeza é acrítica, conformada e conformadora. Não reivindica, só barganha com quem estiver no poder.
Depois de 16 anos atuando no Parque Ecológico Rio Branco, o Movimento Proparque continua sem CNPJ, sem barganha, sem padrinho político, sem verba governamental, mas com muita liberdade e discernimento.
O recente episódio dos R$ 400 mil que uma associação fantasma embolsou do Estado sob a promessa não cumprida de construir banheiros para uma comunidade carente de Pindoretama-CE me fez lembrar do filme “Quanto vale ou é por quilo?”, do cineasta Sérgio Bianchi (2005).
No filme é feita uma comparação da escravidão e seus males com o modelo neoliberal incorporado na prática de empurrar para o terceiro setor as demandas sociais que o Estado se recusa a atender diretamente, deixando as associações como executoras de projetos cujos resultados, via de regra, atendem mais os interesses dos executores que os interesses dos demandantes.
Em entrevista ao CETV, o governador disse que a intermediação da tal associação era a única forma de viabilizar a construção dos banheiros, mas não explicou por que diabos o Estado precisa dessa intermediação. Eu fico pensando que se é assim, por que o Estado não tem a precaução de saber a quem está entregando o dinheiro público? Será que o governador compra alguma coisa com o seu dinheiro dessa forma?
As cenas do filme são chocantes, mas não tanto quanto a vida real de pessoas cuja vulnerabilidade socioeconômica é exposta em manchetes de jornais, protagonistas de um enredo macabro que muitas vezes nem conseguem alcançar em sua amplitude.
E por falar em paralelismo, vou arriscar traçar um também, modestamente. Há um tipo de planta (parasita) que migra para as copas das árvores e rapidamente toma conta do caule dessas plantas, causando-lhes grande malefício e até a morte. Pois considero algumas associações, principalmente as comandadas (ou encomendadas!) por políticos, como parasitas que invadem o patrimônio público e causam grandes malefícios à cidadania. Explico: associação que se presta a certos papéis, com certeza é acrítica, conformada e conformadora. Não reivindica, só barganha com quem estiver no poder.
Depois de 16 anos atuando no Parque Ecológico Rio Branco, o Movimento Proparque continua sem CNPJ, sem barganha, sem padrinho político, sem verba governamental, mas com muita liberdade e discernimento.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Realizado com sucesso mais um Passeio Ecológico Proparque
Com uma procura superior ao número de assentos de um ônibus executivo da Gertaxi com 50 lugares, foi realizado mais um roteiro do projeto Passeios Ecológicos Proparque. Pacatuba, localizada ao pé da serra de Aratanha, mantém as características de cidade do interior, com casas bem cuidadas, ruas limpas e praças ajardinadas. Após uma breve trilha urbana, visitamos o Parque das Andréas, atração turística da cidade que reúne grande público durante todo o ano.
Em seguida fomos ao Ecoparque Apoena, onde fizemos trilha, assistimos a dois curtas-metragens (um da Disney e outro da Pixar) no avião-cinema e almoçamos no restaurante do Ecoparque. Os mais bem dispostos fizeram arvorismo, tirolesa e escalada. O Proparque fez sorteio de brindes para os participantes do passeio e cantamos parabéns para o aniversariante Hélio.
Sucesso no passeio, Lis, de apenas um ano, durante todo o percurso se manteve alegre e tranquila. Na outra ponta, Alexandre, oitentão bem-humorado, assim resumiu o passeio: “Eu não perco um passeio desses”.
Em seguida fomos ao Ecoparque Apoena, onde fizemos trilha, assistimos a dois curtas-metragens (um da Disney e outro da Pixar) no avião-cinema e almoçamos no restaurante do Ecoparque. Os mais bem dispostos fizeram arvorismo, tirolesa e escalada. O Proparque fez sorteio de brindes para os participantes do passeio e cantamos parabéns para o aniversariante Hélio.
Sucesso no passeio, Lis, de apenas um ano, durante todo o percurso se manteve alegre e tranquila. Na outra ponta, Alexandre, oitentão bem-humorado, assim resumiu o passeio: “Eu não perco um passeio desses”.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Um lançamento que vale a pena
Palavras que valeram a pena 3, título de uma obra que reúne os ensinamentos de Dr. Antero Coelho Neto sobre desenvolvimento humano e qualidade de vida , foi lançado ontem, no Centro Cultural Oboé.
“Enxuto e sarado”, como ele se autodenomina brincando em seu programa Novas Idades, na Rádio Universitária, o médico chega aos oitenta anos de vida ostentando disposição e vontade de contribuir com o bem-estar da sociedade brasileira, com foco, especialmente, naqueles que atingiram a terceira e quarta idades.
Artigos publicados em jornal local, entrevistas e outros escritos compõem o livro, que é uma síntese do que o Dr. Antero vem pregando por onde passa: longevidade e qualidade de vida.
Pioneiro no tema longevidade e qualidade de vida, Dr. Antero sempre destaca a importância dos espaços públicos e do meio ambiente como fatores que influenciam a vida das populações.
Vendo o oitentão firme em sua missão, um homem capaz de conviver com os acadêmicos dos centros mais avançados do mundo, mas ao mesmo tempo simples ao ponto de ouvir até uma arigó feito eu em seu programa, sinto uma alegria tão grande e me orgulho pela parte que me toca de ser cearense.
“Enxuto e sarado”, como ele se autodenomina brincando em seu programa Novas Idades, na Rádio Universitária, o médico chega aos oitenta anos de vida ostentando disposição e vontade de contribuir com o bem-estar da sociedade brasileira, com foco, especialmente, naqueles que atingiram a terceira e quarta idades.
Artigos publicados em jornal local, entrevistas e outros escritos compõem o livro, que é uma síntese do que o Dr. Antero vem pregando por onde passa: longevidade e qualidade de vida.
Pioneiro no tema longevidade e qualidade de vida, Dr. Antero sempre destaca a importância dos espaços públicos e do meio ambiente como fatores que influenciam a vida das populações.
Vendo o oitentão firme em sua missão, um homem capaz de conviver com os acadêmicos dos centros mais avançados do mundo, mas ao mesmo tempo simples ao ponto de ouvir até uma arigó feito eu em seu programa, sinto uma alegria tão grande e me orgulho pela parte que me toca de ser cearense.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Passeios Ecológicos
Este projeto surgiu da necessidade de formar um caixa para financiar as atividades do Movimento Proparque e, assim, manter a sua característica de movimento da sociedade civil independente. Ao longo dos quinze anos de existência do Proparque, vimos a dificuldade de fazer atividades que sempre geram um gasto e, ao mesmo tempo, sermos independentes de governos, partidos e políticos. Depois de algumas tentativas, como recorrer a pessoas amigas, vimos que a melhor solução seria vender um serviço, e assim, sem favores, teríamos com que bancar as nossas atividades.
Os passeios mantêm coerência com os valores que o Movimento Proparque defende ao longo de seus quinze anos: os roteiros são pensados no viés socioambiental e privilegiam lugares interessantes do ponto de vista ecológico, os preços são acessíveis e bem abaixo do que é cobrado por empresas comerciais, mostrando, assim, o anseio do nosso Movimento por uma sociedade não-predatória, com relações baseadas na ética e na solidariedade. Além disso, fazemos passeios que se adequam a pessoas de faixas etárias e níveis sociais diferentes, numa busca de formar laços que se mantenham com base em valores humanos. Tratamos as pessoas com atenção e carinho, sabendo que elas são nossas parceiras a partir do momento em que decidem fazer o passeio conosco. Oferecemos o melhor serviço de transporte e nos lugares visitados procuramos os melhores pontos de apoio. Servimos lanches e refeições saudáveis e evitamos copos descartáveis.
Este projeto tem alcançado não apenas o objetivo de formar caixa, mas também é um ótimo meio de divulgação do nosso movimento. Além disso, contribui para a formação de uma rede de relacionamentos, proporciona lazer saudável para as pessoas, mostra a riqueza das nossas paisagens, divulga os lugares visitados e dá visibilidade ao parque, que é a razão da existência do Movimento Proparque.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Festa da Vida 2011 supera expectativas
Com um público surpreendente, a Festa da Vida 2011 mostrou o poder da união.O Proparque aposta na parceria com pessoas e entidades afins e o resultado é o fortalecimento de suas ações. A Festa da Vida chega, assim, à sua 14ª edição em clima de comemoração com o sucesso desse evento que já é conhecido em toda a cidade.
Pessoas e entidades presentes puderam ver a alegria contagiante das crianças no espetáculo do Circo Tupiniquim, que neste ano teve o patrocínio do Centro Cultural Banco do Nordeste. Outro destaque foi o Grupo Plaza, que trouxe serviços de medição de pressão arterial e teste de glicemia. O grupo Sivozinha trouxe sabores e cores para a garotada; seu Antônio, da Padaria Pão Nosso, aqui do bairro, teve a iniciativa de oferecer 500 pães de mel, que foram saboreados por crianças e adultos. A Agência da Boa Notícia e muitos blogs divulgaram o evento.
Pessoas e entidades presentes puderam ver a alegria contagiante das crianças no espetáculo do Circo Tupiniquim, que neste ano teve o patrocínio do Centro Cultural Banco do Nordeste. Outro destaque foi o Grupo Plaza, que trouxe serviços de medição de pressão arterial e teste de glicemia. O grupo Sivozinha trouxe sabores e cores para a garotada; seu Antônio, da Padaria Pão Nosso, aqui do bairro, teve a iniciativa de oferecer 500 pães de mel, que foram saboreados por crianças e adultos. A Agência da Boa Notícia e muitos blogs divulgaram o evento.
domingo, 29 de maio de 2011
Festa da Vida 2011
A Festa da Vida, projeto desenvolvido pelo Movimento Proparque, é realizada desde 1998, no Parque Ecológico Rio Branco, no domingo mais próximo ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Entre outros objetivos, como o de comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho, destacamos a defesa da vida em suas várias manifestações. Assim, convidamos as entidades governamentais e não-governamentais da cidade que realizam trabalhos em prol da vida para que elas apresentem suas atividades em clima de alegria e descontração, ao mesmo tempo em que convidamos a comunidade local e apelamos para que ela assuma a defesa do parque enquanto bem público.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Convite: Habitat das Artes
Prezados amigos,
Peço-lhes permissão para compartilhar com todos vocês, especialmente com aqueles que acompanham a trajetória do Movimento Proparque, do qual faço parte, este momento que considero histórico: e estreia do projeto Habitat da Artes no Parque Ecológico Rio Branco, neste domingo, 15, de 16h às 19h, promovido pela Secultfor e parceiros. Ao longo de 15 anos o Proparque tentou todas as estratégias possíveis para mostrar o potencial do parque para atividades culturais. Sempre imaginamos o parque como lugar de vivências integradas da arte com o meio ambiente nesse espaço urbano. Nas nossas tentativas de dar visiblidade ao parque tivemos a solidariedade de artistas da nossa terra, como Calé Alencar, Pingo de Fortaleza, Omar Rocha, Gigi Castro, Marta Aurélia, Henrique Beltrão, Poemas Violados e muitas outras pessoas que contribuíram para os luaus literários, as manhãs verdes e a Festa da Vida acontecerem, mesmo sem o nosso movimento dispor de dinheiro para remunerar o trabalho desses artistas. Ver o poder público chegar com a sua infraestrutura e o seu pessoal capacitado é motivo de alegria dupla: A Secultfor vem trazendo a parceria, entre outras, do Centro Cultural do Banco do Nordeste, que não apenas dá crédito ao projeto, mas também garante a sua continuidade em caso de incompatibilidade com os gestores futuros. Enfim, comemoramos essa conquista como fruto do nosso trabalho coletivo. Reparto, então, com meus amigos, essa primeira colheita do que espero seja uma grande safra. Um abraço e até domingo, se Deus quiser!
terça-feira, 26 de abril de 2011
Audiência Pública na Câmara dos Vereadores sobre áreas verdes de Fortaleza articula organizações governamentais e não-governamentais no Auditório Ademar Arruda
Com a presença de representantes de órgãos governamentais e não-governamentais e militantes do movimento ambiental foi realizada audiência pública sobre áreas verdes de Fortaleza, nesta segunda-feira, 25, articulada pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Vereadores e presidida pelo vereador João Alfredo.
Estiveram presentes entidades ligadas ao meio ambiente na esfera governamental, como o Ibama e a Semam, e entidades como o Instituto dos Arquitetos do Brasil, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção CE, a Advocacia Geral da União, entre outros, além de militantes do movimento ambiental.
Escolhido para falar em nome dos movimentos sociais que defendem áreas verdes, Ademir Costa, do Movimento Proparque, expôs a situação atual da Lagoa da Maraponga, cujo uso pela população está sendo feito sem nenhum critério, sendo comum grande concentração de carros debaixo das mangueiras.
Sobre o Parque Ecológico Rio Branco, solicitou à Comissão de Meio Ambiente da Câmara que realize uma visita ao parque, destacando que a área continua sem proteção legal e sem demarcação dos limites geográficos. Outro destaque é a recuperação da nascente do riacho Rio Branco, que se encontra em fase de negociação com a Semam, mas cujo projeto ainda não nos foi apresentado.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Passeio Ecológico a Canindé
O passeio teve início com a contemplação do verde da paisagem da estrada. A riqueza do sertão foi guardada por trás de folhas secas e galhos retorcidos no verão e agora assume ares de ressurreição em folhas e flores. Um colírio para os olhos são os paus- brancos que se distinguem ao longo da estrada. Uma variedade de flores rasteiras torna a viagem um perfeito relaxamento.
Canindé, no sertão central, tem sua história marcada pelas curas e milagres de São Francisco. Na falta de atendimento de suas necessidades em casos de doença, os pobres se valem do santo e registram as graças através de imagens que são colocadas na Casa dos Milagres. Ali, as partes do corpo afetadas são expostas em forma de ex-votos. Pernas, braços, cabeça, mãos, rostos e outras áreas corporais mostram as marcas das doenças e vicissitudes que afligem o sofredor em busca do milagre e da cura para os seus males.
A estátua de São Francisco, em ponto elevado, dá um destaque à paisagem da cidade e compõe o roteiro do visitante ao maior santuário franciscano da América Latina. Também visitamos o Museu de São Francisco, a Basílica de São Francisco e a Casa dos Milagres, importantes pontos da cidade de Canindé, como pode ser visto nas fotos abaixo:
segunda-feira, 21 de março de 2011
Manhã Verde
Este projeto tem a finalidade de promover a discussão de temas relevantes para a comunidade usuária do Parque Ecológico Rio Branco e demais moradores do bairro Joaquim Távora. Desde 2003 até o momento atual vários assuntos foram discutidos: mudanças climáticas, segurança, meio ambiente, coleta de assinaturas, voluntariado e prevenção de doenças, entre outros temas.
Uma das estratégias adotadas é convidar pessoas e movimentos relacionados ao tema proposto para que elas apresentem a visão científica e, assim, fundamentem a discussão.
Quando o aquecimento global foi constatado e o mundo se viu diante do dilema de ter de reduzir a emissão de gases na atmosfera, uma das preocupações foi saber o que era possível fazer para salvar o planeta.
Para discutir o que nós poderíamos fazer, convidamos a Dra. Terezinha Xavier, que é pesquisadora de clima. Gentil e atenciosa, ela veio ao parque e expôs a situação do aquecimento global, falou das ilhas de calor em Fortaleza e afirmou que é possível amenizar a situação com o plantio de árvores.
Em outra Manhã Verde convidamos a PM e a Guarda Municipal para discutirmos Medidas de Segurança. Na ocasião o Capitão Carvalho, que é usuário do parque, deu dicas de segurança pessoal e coletiva. A partir dessa ocasião, enviamos abaixo-assinado aos órgãos de segurança pedindo vigilância para o parque.
Em 2010, comemoramos os 15 anos do Proparque com uma Manhã Verde. Com direito a bolo e a lembrancinha de debutante, o Proparque celebrou o começo de um novo ciclo em sua existência. Estamos crescendo e conseguindo o reconhecimento do nosso trabalho através dos seus frutos. Isso é muito bom!
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