Doze alunos e um engenheiro agrônomo, sob a coordenaçao do Prof. Marcos Esmeraldo, iniciaram ontem 27 e prossegue hoje a arborização do Parque Ecológico Rio Branco com 300 mudas de árvores do bioma caatinga: oiti, oiticica, espinheiro, sabonete, mungumbeira, jambolão, chichá, aroeira, mulungu, jucá, andiroba, angico e tamboril. Todas as mudas foram produzidas no Nepau (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Agricultura Urbana), da Universidade Federal do Ceará -- UFC.
Esta arborização é fruto de articulação entre a Agência Reguladora de Fortaleza (Afor) e a Empresa de Limpeza e Urbanização de Fortaleza (Emlurb). O secretário da Regional II, Francisco Humberto Júnior, comunicou ao Movimento Proparque esta atividade em 1º de outubro de 2009. Humberto era presidente da Afor na época de aprovação do projeto.
Hoje pela manhã, dirigentes do Movimento Proparque conversaram demoradamente com o Prof. Marcos Esmeraldo, ocasião em que tiveram a alegria de ver aprovada sua iniciativa de plantar cerca de 200 mudas no parque, desde 2005, no espaço denominado "Jardim da Paz", próximo à saída do parque para a R. João Cordeiro. O professor disse ser acertada a opção do Movimento Proparque de conservar a ramagem recobrindo o solo, plantar as mudas em locais adequados, marcá-las e aguar, na época seca. Nós da ONG informamos que, em alguns casos, podemos ter plantado mudas inadequadas, por não termos uma consultoria à altura, mas ficamos satisfeitos pela aprovação dele ao nosso esforço.
O Nepau pertence ao Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFC. Para a arborização, o Parque Ecológico Rio Branco foi dividido em quatro módulos. Cada um receberá mudas adequadas ao solo. O resultado esperado é a sensação de você estar em uma floresta de caatinga, quando as árvores atingirem a idade adulta.
Ademir Costa
domingo, 28 de março de 2010
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2 comentários:
Caros colegas, eu fui o Eng. Agrônomo responsável pelo plantio das mudas no Parque Rio Branco.
Recomendo uma visita a Reserva Natural Serra das Almas, localizada em Crateús, CE. A Reserva é mantida pela Associação Caatinga, uma ONG incumbida de proteger o bioma caatinga. A mesma possui acomodações e trilhas ecológicas onde os visitantes podem estar em contato direto com a natureza. Eu já morei na Reserva e posso dizer que é um momento único e prazeroso de estar em meio a mais 6000 hectares de área protegida por profissionais sérios e cheios de compromisso com o bioma caatinga que ao longo dos anos vêm sofrendo um rápido processo de degradação.
Vocês podem entrar no site www.acaatinga.org.br ou pelo telefone (85) 3241.0759 e obter mais informações.
Atenciosamente,
Magnum de Sousa
Eng. Agrônomo
Núcleo de Ensino e Pesquisa em Agricultura Urbana (NEPAU)
(Comentário recebido por e-mail)
Manhã de domingo no parque, céu nublado, saudades do meu sertão nas folhas das árvores brilhantes de alegria pela chuva dadivosa da madrugada. Vejo homens plantando árvores, um carro de apoio da UFC, meu Deus, que coisa boa, quem serão eles? Bom dia! Que coisa boa ver vocês plantando... que árvores são essas? Assim, puxando conversa e me apresentando, conheço o professor Marcos Esmeraldo, um homem simpático, um declarado amante do verde, tudo a ver. Ele e sua equipe, que inclui o engenheiro Magnum e estudantes de agronomia, estavam com todo gás plantando várias espeécies da caatinga, algumas minhas velhas conhecidas do sertão. Fiquei tão feliz que podia antecipar a exuberância dos oitis, das carnaúbas, dos mulungus, dos sabonetes, das oiticicas...
Professor, veja que planta é essa, eu a aguei durante o verão, mas confesso que nem sei o nome dela... Ah, é cumaru, planta muito importante. Ah, que bom, a gente planta pela ânsia de ter o verde e muitas vezes derrapa na qualidade das espécies, coisa de amador mesmo... Professor, agora toda vez que eu olhar para essas plantas, vou lembrar de vocês nessa manhã de domingo. É assim que acontece: nós deixamos nossas marcas naquilo que fazemos. E que felicidade ser lembrado através de uma planta, não é professor?
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