Doze alunos e um engenheiro agrônomo, sob a coordenaçao do Prof. Marcos Esmeraldo, iniciaram ontem 27 e prossegue hoje a arborização do Parque Ecológico Rio Branco com 300 mudas de árvores do bioma caatinga: oiti, oiticica, espinheiro, sabonete, mungumbeira, jambolão, chichá, aroeira, mulungu, jucá, andiroba, angico e tamboril. Todas as mudas foram produzidas no Nepau (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Agricultura Urbana), da Universidade Federal do Ceará -- UFC.
Esta arborização é fruto de articulação entre a Agência Reguladora de Fortaleza (Afor) e a Empresa de Limpeza e Urbanização de Fortaleza (Emlurb). O secretário da Regional II, Francisco Humberto Júnior, comunicou ao Movimento Proparque esta atividade em 1º de outubro de 2009. Humberto era presidente da Afor na época de aprovação do projeto.
Hoje pela manhã, dirigentes do Movimento Proparque conversaram demoradamente com o Prof. Marcos Esmeraldo, ocasião em que tiveram a alegria de ver aprovada sua iniciativa de plantar cerca de 200 mudas no parque, desde 2005, no espaço denominado "Jardim da Paz", próximo à saída do parque para a R. João Cordeiro. O professor disse ser acertada a opção do Movimento Proparque de conservar a ramagem recobrindo o solo, plantar as mudas em locais adequados, marcá-las e aguar, na época seca. Nós da ONG informamos que, em alguns casos, podemos ter plantado mudas inadequadas, por não termos uma consultoria à altura, mas ficamos satisfeitos pela aprovação dele ao nosso esforço.
O Nepau pertence ao Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFC. Para a arborização, o Parque Ecológico Rio Branco foi dividido em quatro módulos. Cada um receberá mudas adequadas ao solo. O resultado esperado é a sensação de você estar em uma floresta de caatinga, quando as árvores atingirem a idade adulta.
Ademir Costa
domingo, 28 de março de 2010
Populares Rejeitam Estaleiro no Titanzinho
Carta de Entidades Populares entregue aos representantes da Petrobras em Fortaleza rejeita o estaleiro no Titanzinho e cobra presença social da empresa no bairro Serviluz. A entrega ocorreu durante manifestação sexta última, com apoio de vastos segmentos da sociedade: universitários, entidades ambientalistas, igrejas, associações populares.
Ao Presidente da PETROBRAS, Sr. José Sérgio Gabrielli;
Ao Presidente da TRANSPETRO, Sr. Sérgio Machado.
As entidades abaixo assinadas, por meio de seus representantes, vem expor aos senhores o que se segue:
As organizações populares do Serviluz, os movimentos sociais e ambientais de Fortaleza, artistas, intelectuais, acadêmicos, autoridades políticas, personalidades sociais dos mais diferentes campos de atuação social, têm se manifestado reiteradamente contra a construção do estaleiro PROMAR na praia do Titanzinho, bairro Serviluz, em Fortaleza. Os argumentos urbanísticos, ambientais, sociais, culturais, históricos e econômicos vêm sendo reiteradamente divulgados nos mais diferentes espaços e meios de comunicação. Apesar do posicionamento de grande parte da sociedade fortalezense, algumas autoridades políticas, comandadas pelo governador Cid Gomes, insistem em impor a construção do referido estaleiro. O debate tem sido enriquecedor para desconstruir uma visão de “progresso” nada sustentável e aumentar a consciência dos cidadãos para uma visão mais inclusiva e democrática de cidade. Porém, nos preocupa a obstinação de um governante em querer impor sua visão, por mais atrasada que seja, ao conjunto da sociedade.
Informamos aos senhores que não aceitaremos de forma alguma a destruição da praia do Titanzinho. Causa estranheza que a Transpetro, e por conseqüência a PETROBRAS, tenha habilitado para licitação um projeto virtual que não possui qualquer licenciamento prévio, aceitando a artimanha ilegal de usar um licença vencida para um projeto de ampliação do porto, que inclusive já caducou há anos.
Para este empreendimento ir adiante, o empreendedor terá que passar por cima de tudo o que a lei prevê em termos de ordenamento urbano e ambiental, infringindo o Plano Diretor de Fortaleza, construído a partir de amplo processo de participação social. Ressaltamos que mesmo que consigam, com apoio nada republicano de políticos, e passando por cima da memória comunitária, o empreendedor precisará passar por cima do povo, disposto a lutar e morrer por seus direitos.
Não aceitamos tamanha injustiça sócio-ambiental em nossa cidade. Por isso nos dirigimos aos senhores. Na verdade, entendemos que as empresas, em especial a PETROBRAS, possuem um histórico de dívida social com essa região. Afinal, após anos de vizinhança, não há nenhum projeto de responsabilidade social na comunidade.
Exigimos veementemente que as grandes remessas de lucro da PETROBRAS e suas empresas possam ser utilizadas a serviço do desenvolvimento sócio-ambiental da população brasileira e não apenas em favor dos grandes especuladores nacionais e estrangeiros.
A paz é fruto da justiça social!
Salve a natureza – preserve o Titanzinho!
Assinam:
Escolinha Beneficente de Surf do Titanzinho
Escola de Surf Aloha
Titanzinho Surf Clube
Assoc. dos Moradores do Serviluz
Assoc. Comunitária Vila Mar
Assoc. Comunitária dos Moradores do Titanzinho
Ong. Serviluz Sem Fronteiras
Movimento dos Conselhos Populares – MCP Serviluz
Casa de Nazaré
Escolinha de Surf Boca do Golfinho
Ao Presidente da PETROBRAS, Sr. José Sérgio Gabrielli;
Ao Presidente da TRANSPETRO, Sr. Sérgio Machado.
As entidades abaixo assinadas, por meio de seus representantes, vem expor aos senhores o que se segue:
As organizações populares do Serviluz, os movimentos sociais e ambientais de Fortaleza, artistas, intelectuais, acadêmicos, autoridades políticas, personalidades sociais dos mais diferentes campos de atuação social, têm se manifestado reiteradamente contra a construção do estaleiro PROMAR na praia do Titanzinho, bairro Serviluz, em Fortaleza. Os argumentos urbanísticos, ambientais, sociais, culturais, históricos e econômicos vêm sendo reiteradamente divulgados nos mais diferentes espaços e meios de comunicação. Apesar do posicionamento de grande parte da sociedade fortalezense, algumas autoridades políticas, comandadas pelo governador Cid Gomes, insistem em impor a construção do referido estaleiro. O debate tem sido enriquecedor para desconstruir uma visão de “progresso” nada sustentável e aumentar a consciência dos cidadãos para uma visão mais inclusiva e democrática de cidade. Porém, nos preocupa a obstinação de um governante em querer impor sua visão, por mais atrasada que seja, ao conjunto da sociedade.
Informamos aos senhores que não aceitaremos de forma alguma a destruição da praia do Titanzinho. Causa estranheza que a Transpetro, e por conseqüência a PETROBRAS, tenha habilitado para licitação um projeto virtual que não possui qualquer licenciamento prévio, aceitando a artimanha ilegal de usar um licença vencida para um projeto de ampliação do porto, que inclusive já caducou há anos.
Para este empreendimento ir adiante, o empreendedor terá que passar por cima de tudo o que a lei prevê em termos de ordenamento urbano e ambiental, infringindo o Plano Diretor de Fortaleza, construído a partir de amplo processo de participação social. Ressaltamos que mesmo que consigam, com apoio nada republicano de políticos, e passando por cima da memória comunitária, o empreendedor precisará passar por cima do povo, disposto a lutar e morrer por seus direitos.
Não aceitamos tamanha injustiça sócio-ambiental em nossa cidade. Por isso nos dirigimos aos senhores. Na verdade, entendemos que as empresas, em especial a PETROBRAS, possuem um histórico de dívida social com essa região. Afinal, após anos de vizinhança, não há nenhum projeto de responsabilidade social na comunidade.
Exigimos veementemente que as grandes remessas de lucro da PETROBRAS e suas empresas possam ser utilizadas a serviço do desenvolvimento sócio-ambiental da população brasileira e não apenas em favor dos grandes especuladores nacionais e estrangeiros.
A paz é fruto da justiça social!
Salve a natureza – preserve o Titanzinho!
Assinam:
Escolinha Beneficente de Surf do Titanzinho
Escola de Surf Aloha
Titanzinho Surf Clube
Assoc. dos Moradores do Serviluz
Assoc. Comunitária Vila Mar
Assoc. Comunitária dos Moradores do Titanzinho
Ong. Serviluz Sem Fronteiras
Movimento dos Conselhos Populares – MCP Serviluz
Casa de Nazaré
Escolinha de Surf Boca do Golfinho
sábado, 27 de março de 2010
Convite para a Festa da Vida 2010
O texto a seguir é nosso convite. Sinta-se convidad@ para o processo já iniciado. Nossa solicitação no momento é que você repasse este texto para suas redes, contatos, colégios, universidades, igrejas, organismos ecumênicos e interreligiosos, entidades estudantis de todos os níveis, entidades da sociedade civil, ongs, fóruns, órgãos governamentais, entidades intergovernamentais, fóruns integrados por governos e sociedade civil. Todos estes agrupamentos humanos podem expor o que fazem a favor da vida. Veja os detalhes:
Prezad@s EcoAmig@s,
Desde 1998 o Movimento Proparque realiza a Festa da Vida em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que é 5 de junho. Para facilitar a participação dos trabalhadores e trabalhadoras, realizamos o evento no domingo mais próximo à data. Neste ano a Festa da Vida será no domingo, dia 6. Convidamos você, seus familiares e amigos para esta celebração da Vida, que se realizará no Parque Ecológico Rio Branco, das 15 às 20 horas.
A fórmula do evento é de uma simplicidade franciscana:
* Nós convidamos principalmente o povo dos bairros circunvizinhos, mas também de toda a Fortaleza; e
* Sua entidade poderá expor o que faz a favor da vida, portanto, são contempladas a questão ambiental e muito mais.
Mais detalhes:
São convidados: movimentos, ongs, escolas, universidades, igrejas e órgãos públicos.
Sua exposição pode ser na forma de:
* números artísticos
* cartazes, faixas e banners
* prestação de serviços,
* divulgação de campanhas, divulgação de resultados de campanhas e
* denúncia de situações que atentam contra a vida e comunicação do que já fazem para resolver o problema.
Não aceitamos: discursos falados ao microfone. Damos espaço para o "discurso" na forma de arte e exposições, como descrito acima.
Se sua entidade precisar do palco do anfiteatro, é necessária negociação antes, para definirmos a hora de sua apresentação. O parque tem vários ambientes que podem ser usados como "palco" para sua exposição e demonstração. Se não conhece o parque, venha aqui antes. Poderemos acompanhar você na visita. Combinemos com antecedência.
ATENÇÃO:
* Fica por sua conta providenciar a infraestrutura para a sua apresentação: mesas, cadeiras, cavaletes, eletricidade e o que mais der na telha.
* Embora saibamos que sua entidade tem bom-senso, vale deixar claro: propaganda político-partidária e pregação religiosa, nem pensar.
* Sua entidade participará sem pagar nada ao Movimento Proparque.
* Queremos sua ajuda na divulgação, onde e como sua organização puder. Favor ajudar agora, mandando este e-mail para outras entidades.
* Participe da preparação, dando sugestões por e-mail e vindo a nossas reuniões quintas-feiras, 19h, na R. Castro Alves, 180, Joaquim Távora. Fica atrás do Parque Ecológico Rio Branco, se você está na Av. Pontes Vieira. Você pode dar ideias, ajudar no planejamento, contribuir com sua experiência. Há muita questão em aberto, de propósito, e você sempre pode ajudar a melhorar.
* Consulte nossa página http://movimentoproparque.blogspot.com para acompanhar os passos da preparação.
Tudo pela Vida!
Sds.
Jornalista Ademir Costa
Gerente de Documentação do Movimento Proparque
Cel. (85) 99949052
Tel. (85) 3254.1203 ou 3299.3737
Prezad@s EcoAmig@s,
Desde 1998 o Movimento Proparque realiza a Festa da Vida em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que é 5 de junho. Para facilitar a participação dos trabalhadores e trabalhadoras, realizamos o evento no domingo mais próximo à data. Neste ano a Festa da Vida será no domingo, dia 6. Convidamos você, seus familiares e amigos para esta celebração da Vida, que se realizará no Parque Ecológico Rio Branco, das 15 às 20 horas.
A fórmula do evento é de uma simplicidade franciscana:
* Nós convidamos principalmente o povo dos bairros circunvizinhos, mas também de toda a Fortaleza; e
* Sua entidade poderá expor o que faz a favor da vida, portanto, são contempladas a questão ambiental e muito mais.
Mais detalhes:
São convidados: movimentos, ongs, escolas, universidades, igrejas e órgãos públicos.
Sua exposição pode ser na forma de:
* números artísticos
* cartazes, faixas e banners
* prestação de serviços,
* divulgação de campanhas, divulgação de resultados de campanhas e
* denúncia de situações que atentam contra a vida e comunicação do que já fazem para resolver o problema.
Não aceitamos: discursos falados ao microfone. Damos espaço para o "discurso" na forma de arte e exposições, como descrito acima.
Se sua entidade precisar do palco do anfiteatro, é necessária negociação antes, para definirmos a hora de sua apresentação. O parque tem vários ambientes que podem ser usados como "palco" para sua exposição e demonstração. Se não conhece o parque, venha aqui antes. Poderemos acompanhar você na visita. Combinemos com antecedência.
ATENÇÃO:
* Fica por sua conta providenciar a infraestrutura para a sua apresentação: mesas, cadeiras, cavaletes, eletricidade e o que mais der na telha.
* Embora saibamos que sua entidade tem bom-senso, vale deixar claro: propaganda político-partidária e pregação religiosa, nem pensar.
* Sua entidade participará sem pagar nada ao Movimento Proparque.
* Queremos sua ajuda na divulgação, onde e como sua organização puder. Favor ajudar agora, mandando este e-mail para outras entidades.
* Participe da preparação, dando sugestões por e-mail e vindo a nossas reuniões quintas-feiras, 19h, na R. Castro Alves, 180, Joaquim Távora. Fica atrás do Parque Ecológico Rio Branco, se você está na Av. Pontes Vieira. Você pode dar ideias, ajudar no planejamento, contribuir com sua experiência. Há muita questão em aberto, de propósito, e você sempre pode ajudar a melhorar.
* Consulte nossa página http://movimentoproparque.blogspot.com para acompanhar os passos da preparação.
Tudo pela Vida!
Sds.
Jornalista Ademir Costa
Gerente de Documentação do Movimento Proparque
Cel. (85) 99949052
Tel. (85) 3254.1203 ou 3299.3737
sexta-feira, 19 de março de 2010
Hora do Planeta 2010
O convite se estende a pessoas que têm medo de escuro. Faça um esforço pois a causa é nobre. O Planeta agradecerá!
Muito importante a participação de toda a população!
Hora do Planeta 2010
No sábado, dia 27 de março, às 20h30min de sábado, milhões de pessoas em todos os continentes irão desligar as luzes durante sessenta minutos – a Hora do Planeta – na maior mobilização mundial contra o aquecimento global. Nas moradias mais simples aos grandes monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora, para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.
A panda Mei Lan é a embaixadora da Hora do Planeta 2010
Ao apagar as luzes por uma hora, pessoas, em todo o mundo, decidem tomar para si a responsabilidade de mostrar que é possível enfrentar a ameaça do aquecimento global por meio de uma ação coletiva.
“A Hora do Planeta 2010 constitui a evidência de que a comunidade mundial quer adotar hábitos e um estilo de vida de baixo carbono, demonstrando sua liderança para que, por sua vez, os nossos líderes mundiais tratem a questão do aquecimento global com a responsabilidade necessária”, declarou o diretor-executivo e co-fundador da Hora do Planeta, Andy Ridley.
Brasil também irá apagar suas luzes
Pelo segundo ano consecutivo, o WWF-Brasil promove a Hora do Planeta no País. Em 2009, milhões de brasileiros apagaram as suas luzes e mostraram que sua preocupação com o aquecimento global. No total 113 cidades brasileiras, incluindo 13 capitais, participaram da Hora do Planeta no ano passado. Ícones como o Cristo Redentor, a Ponte Estaiada, o Congresso Nacional e o Teatro Amazonas ficaram no escuro por sessenta minutos.
A mobilização para a Hora do Planeta 2010 já começou. O site www.horadoplaneta.org.br é a plataforma onde cidadãos, empresas e organizações brasileiras poderão deixar seu comentário e obter mais informações sobre o movimento.
“A Hora do Planeta é um movimento de todos nós. Ela une cidades, empresas e indivíduos para demonstrar às lideranças mundiais – e, principalmente, para mostrar uns aos outros – que queremos uma solução contra o aquecimento global. É uma oportunidade única para nós, brasileiros, de nos unirmos com a comunidade global em uma única voz para deter as mudanças climáticas”, explicou a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.
História
Desde sua primeira edição em março de 2007, a Hora do Planeta não parou de crescer. O que era um evento em uma única cidade, Sidney, na Austrália, tornou-se uma ação que varreu o mundo, envolvendo centenas de milhões de pessoas em mais de 4.100 cidades em 88 países. A Hora do Planeta 2009 foi o maior ato voluntário que o mundo já conheceu. Alguns dos mais conhecidos monumentos mundiais, como as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel em Paris, a Acrópole de Atenas e até mesmo as luzes de Las Vegas ficaram no escuro durante sessenta minutos.
A panda Mei Lan agora integra o prestigiado grupo de personalidades que já desempenharam a função de Embaixador da Hora do Planeta – entre elas o Reverendo Desmond Tutu, os membros da banda Cold Play e a atriz Cate Blanchett. Seus fãs podem acompanhar seu papel de embaixadora nos sites www.twitter.com/earthour e www.earthhour.org
Está montado, assim, o palco para a Hora do Planeta 2010: o maior espetáculo da Terra para agir e enfrentar as mudanças climáticas.
Cadastre-se e saiba como participar na Hora do Planeta:www.horadoplaneta.org.br
segunda-feira, 15 de março de 2010
Gigi Castro e Banda na Manhã Verde em Comemoração ao Dia da Água
O Dia Mundial da Água é 22 de março, mas o Movimento Proparque fará comemoração antecipada com a Manhã Verde, dia 21, domingo próximo, das 9 às 12 horas, no Parque Ecológico Rio Branco, em Fortaleza. Na oportunidade, será lançada a Festa da Vida 2010. A cantora e compositora Gigi Castro com sua banda vai prestigiar o evanto com sua música.
Haverá uma roda de conversa em cima de uma experiência cidadã em Maranguape. A experiência virou livro que será base para a discussão em uma roda de conversa. O livro será distribuído na hora. Seu autor, Alexandre Diógenes estará presente para o "tira-dúvidas". Gigi Castro e sua banda serão atração artística, a cantar músicas que alimentam a mística do movimento ambiental e animar cirandas que congregam as pessoas em danças de confraternização.
O Movimento Proparque convida a todos e todas, de raças, credos e filosofias diferentes, para este momento. As Manhãs Verdes são momentos de convivência no parque e de reflexão em torno de um tema relevante. A Festa da Vida acontece no Parque Ecológico Rio Branco desde 1998, para comemorar o Dia Muncial do Meio Ambiente, no domingo mais próximo a 5 de junho. Este ano a festa será 6 de junho. Detalhes sobre a Festa da Vida neste blog (http://movimentoproparque.blogspot.com), daqui pra frente.
Haverá uma roda de conversa em cima de uma experiência cidadã em Maranguape. A experiência virou livro que será base para a discussão em uma roda de conversa. O livro será distribuído na hora. Seu autor, Alexandre Diógenes estará presente para o "tira-dúvidas". Gigi Castro e sua banda serão atração artística, a cantar músicas que alimentam a mística do movimento ambiental e animar cirandas que congregam as pessoas em danças de confraternização.
O Movimento Proparque convida a todos e todas, de raças, credos e filosofias diferentes, para este momento. As Manhãs Verdes são momentos de convivência no parque e de reflexão em torno de um tema relevante. A Festa da Vida acontece no Parque Ecológico Rio Branco desde 1998, para comemorar o Dia Muncial do Meio Ambiente, no domingo mais próximo a 5 de junho. Este ano a festa será 6 de junho. Detalhes sobre a Festa da Vida neste blog (http://movimentoproparque.blogspot.com), daqui pra frente.
Estaleiro – Presente de grego?
O professor Dardano Nunes de Melo volta a abordar a polêmica em torno da localização do futuro estaleiro Promar. O governador Cid Gomes quer o projeto na praia do Titanzinho, enquanto a prefeita Luizianne Lins é contra. Confira o artigo:
Certamente que o conflito político entre Cid Gomes e Luizianne Lins é diferente daquele que causou a guerra entre Gregos e Troianos(1.300 a 1.200 a.c), mas pode ter nuances parecidas. Tudo ocorreu devido ao rapto de Helena, que era esposa do rei Meneleu (não confundir com o secretário de planejamento de Luizianne), quando Páris, filho do rei Priano de Tróia foi a uma reunião em Esparta e se apaixonou pela rainha. O rei magoado, em represália, designou o general Agamenon para atacar Tróia e trazer Helena de volta.
A refrega durou 10 anos e nesta luta morreram heróis como Heitor e Aquiles. O fato mitológico foi real, já comprovado por sondagens arqueológicas na Turquia feitas pelo alemão Heinrich Schliemann. O filho de Aquiles, Neptoleno presenciou a vitória dos Gregos que utilizaram a estratégia de Odisseu, ou seja, foi construído por Epeu um grande cavalo de madeira onde vários soldados gregos ficariam escondidos, o qual seria entregue aos Troianos como presente e um símbolo de paz. Com o gesto os Troianos se consideraram vencedores e comemoraram até a exaustão e dormiram. Assim os gregos saíram do cavalo e abriram os portões de Tróia para que ela fosse invadida e destruída totalmente.
Sendo o estaleiro um grande presente dos empresários Valdomiro Arantes e Paulo Haddad (PJMR), para o povo do Titanzinho, a redenção econômica e social do lugar, faz-se necessário examinar com muito cuidado o que tem por dentro deste presente (cavalo). O governador o achou lindo (1.000 empregos diretos e 5.000 indiretos) e ainda aumenta-o com R$ 60 milhões de reais.
A Prefeita de Fortaleza parece ter lido os poemas de Ilíadas e Odisséia escritos por Homero (VIII a.c), e a saga da luta, por isto alerta, como responsável maior pelos destinos de Fortaleza, para muitos pontos que podem transformar o estaleiro num cavalo de Tróia.
O planejamento da cidade não previa um estaleiro na capital, pois ao longo dos últimos anos Fortaleza viu o setor industrial migrar para a periferia metropolitana e a cidade se tornar um centro de serviços e pólo de turismo nacional e internacional. A vocação natural e mercadológica da cidade é para o turismo que gera 15% dos empregos e 28% do PIB. A importância desta atividade é tamanha no que tange á geração de emprego e distribuição de renda que apenas um hotel 5 estrelas com mil leitos gera muito mais empregos que o Estaleiro, ou seja, 1.500 empregos diretos (índice 1.5 de empregabilidade por leito-OMT) e 13.500 empregos indiretos (índice 1 para 9- OMT), índices bem superiores ao da indústria. Vale observar que os empregos indiretos da indústria, principalmente do Estaleiro, serão gerados noutras regiões fornecedoras, enquanto a cadeia produtiva do turismo é quase totalmente local.
A característica do emprego na indústria é bem diferente do turismo. No caso da metalúrgica (Estaleiro), indústria de caráter pesado, o emprego é altamente especializado. A formação da mão-de-obra exigirá qualificação superior e técnica (universidades e escolas técnicas) com pré-requisitos de formação elevados e tempo de formação de 2 a 5 anos e no caso do Titanzinho a escolaridade é baixa juntamente com o IDH. A indústria tem elevada tecnologia de automação (pouca absorção de mão de obra). A geração dos 1.000 empregos se dará na construção do equipamento (mão-de-obra de baixa qualificação) e quando do funcionamento os empregos se afunilarão.
No turismo, a indústria é leve e pouco especializada, o pré-requisito é nossa nativa hospitalidade para a maioria das funções é de alfabetização e primário, com tempo de formação de 3 a 6 meses. O turismo é uma oferta de serviço de elevada absorção de-mão-de obra e gera muito mais empregos no funcionamento do hotel do que na construção. Os salários médios pagos no estaleiro são de R$ 900,00 (novecentos reais), o que não diferencia muito do turismo. O planejamento não é uma ciência estática e em função da dinâmica ele pode modificar até mesmo o plano diretor, a legislação, etc.
Entretanto, esta dinâmica tem que ser evolutiva e voltada para um sentido racional de sustentabilidade econômica, social e ambiental, tudo visando o melhor para a sociedade. No caso do estaleiro, há que aprofundar estudos que possibilitem tomadas de decisão certa. Um dos pontos a serem definidos é a compatibilidade, ou não, do Estaleiro com o turismo -- principal diretriz do desenvolvimento de Fortaleza e para o qual estão acorrendo os maiores investimentos: Centro de Feiras, Aquário, Copa do Mundo, Projeto Orla etc, representando bilhões de dólares. Será que o Estaleiro não está na contramão destes investimentos? Pelas características urbanísticas da cidade, a paisagem de um estaleiro no Titanzinho, sem dúvida, não seria cartão de visita para a cidade, mas ninguém melhor do que o próprio turista poderia responder o que eles acham da localização, já que eles são os compradores do produto Fortaleza e os geradores dos empregos. Eles deveriam ser os primeiros a serem consultados.
O estaleiro vai impactar um espaço que é da população do Titanzino. Assim, eles também deveriam opinar e, por fim, auscultar também o cidadão fortalezense, já que o estaleiro será na cidade. A tendência dos tanques do porto é migrar para o Pecém, a Transnordestina vai para o Pecém, o plano diretor do Pecém prevê estaleiros, por que, então, não construí-lo lá? A resposta está na economicidade da obra, no custo benefício, mas isto do lado do empresário, que esconde dentro do cavalo de Tróia (Estaleiro) suas intenções prioritárias de lucro, e não, de ajudar a comunidade; e sem preocupação com sustentabilidade turística, urbanística e ambiental.
Será que o estaleiro vai gerar para a cidade mais empregos e impostos do que se deixará de ganhar com a retração do fluxo turístico que possivelmente causará? O senhor Valdomiro Arantes afirmou:- “o estaleiro terá um faturamento, no primeiro ano, de 200 milhões de dólares, logo nos cinco anos serão hum milhão de dólares com os contratos da Transpetro”. Ora, com o pré-sal a Transpetro fará novas encomendas, a Vale está com um pedido de 52 navios, os Árabes que tiveram seus estaleiros destruídos pelas guerras estão cheios de pedido e por ai vai (60 bilhões de dólares). Se existe mercado, a empresa é sólida, e o Ceará tem uma localização estratégica em função da eqüidistância (Europa-EUA) para receber os componentes para fabricação das embarcações, além de possuir “maritimidade”(cultura com o mar), a indústria não é sazonal, por que as ações são imediatistas e meramente economicistas de curto prazo? Isto leva a entender que a Proamar fará somente a encomenda da Transpetro e irá virar um entulho de ferro no Titanzinho. Ela não está acreditando no mercado e nem está respeitando a tendência do futuro do Ceará: tudo de Porto no Pecém, industrias no Interior e região metropolitana; e em Fortaleza: serviços e turismo.
O alerta da Prefeitura também refere-se à possibilidade de graves impactos ambientais na cidade e arredores em função do grande aterro (4 hactares ), a produção de lixo mineral, o impacto na biologia marinha etc… Outros aspectos devem também ser levados em conta como impacto social na mudança das atividades de pesca e desporto (surf) da população, a degradação social e econômica das pessoas do bairro caso o mercado encolha e o Estaleiro feche. A ampliação das estruturas portuárias levam sempre, em todo mundo, o aumento da prostituição, fato muito negativo para o turismo saudável da cidade. A incompatibilidade do Estaleiro com o projeto de urbanização da área.
Estes fatos conjugados podem transformar o estaleiro num presente de grego. Os deputados do PSDB, PMDB e alguns do PT de Cid, nas audiências pública, pareciam cruzar o mar Egeu para atacar Tróia como guerrilheiros do rei(Cid) e defendiam a qualquer custo a geração dos 1.000 empregos para a comunidade. Não raciocinavam eles que os 60 milhões da contra-partida do Estado para a construção do Estaleiro poderiam representar 15.000 empregos diretos e 60.000 indiretos se fossem aplicados no Titanzinho em cooperativas de economia solidária dentro da cadeia produtiva do turismo, no contexto de um distrito temático (o célebre navegador espanhol Vicente Ianez Pinzon descobrindo o Brasil no Rostro Hermoso de Fortaleza quatro meses antes de Cabral avistar o Monte Pascoal e/ou o Castelo Encantado do Mucuripe onde Iracema, a virgem dos lábios de mel, ia chorar a saudade de Moreno, o amado guerreiro branco de alem mar).
Qual a diferença entre Luizianne e Cid? O capitalismo liberal (neoliberalismo) tem uma mão invisível que é a força do mercado. Ela impera e manda, e a população obedece. Ela é a lei a que todos devem curvar-se. Na social democracia participativa, as políticas são orientadas pelas pessoas, onde a vontade da maioria predomina. Cid e o PSDB vem da escola de Adam Smith e por isto atropelam as políticas participativas de Luizianne e do PT. O que não combina são os estilos de condução dos processos de gestão de Cid e Luizianne. A gestão compartilhada é muito mais difícil, lenta, filosófica, pragmática, busca a decisão coletiva e descentralizada, controle menos rígido, variáveis intangíveis, valoriza mais os objetivos que as metas, o principal é o bem estar social. A gestão liberal vai na direção do mercado, é mais fácil, individual, centralizada, rápida e menos pragmática, 100% de controle, variáveis tangíveis, trabalha mais com metas do que com objetivos, o principal é fazer caixa para investimentos em infra-estrutura básica e produtiva.
Qual dos dois modelos é o melhor? O melhor seria a junção dos dois e o velho prefeito Juraci Magalhães certa vez me disse uma coisa que até hoje, como profissional do planejamento fico a pensar em como compatibilizar o “fazejamento” e o planejamento. “Eu levo minha gestão fazendo e planejando, planejando e fazendo”. Vendo seu estilo aprendi um pouco. Ele fazia uma participação direta ouvindo a população nos bairros (a coleta da informação era feita por ele mesmo) mas, infelizmente, não era bem discutida. Por outro lado ele não perdia tempo e fazia, principalmente aquilo que não tinha que se discutir, era para ontem. Se os estilos de Cid e Luizianne fossem iguais, talvez não estivesse havendo esta polêmica do estaleiro e, quem sabe, ele seria um presente do bem e não um presente de grego.
Dárdano Nunes de Melo
Prof. do IFCe e diretor do Sindicaturismo
Fonte: Publicado originalmente: 07-03-2010 | Autor: blog eliomardelima | Categoria(s): Economia, Política
Certamente que o conflito político entre Cid Gomes e Luizianne Lins é diferente daquele que causou a guerra entre Gregos e Troianos(1.300 a 1.200 a.c), mas pode ter nuances parecidas. Tudo ocorreu devido ao rapto de Helena, que era esposa do rei Meneleu (não confundir com o secretário de planejamento de Luizianne), quando Páris, filho do rei Priano de Tróia foi a uma reunião em Esparta e se apaixonou pela rainha. O rei magoado, em represália, designou o general Agamenon para atacar Tróia e trazer Helena de volta.
A refrega durou 10 anos e nesta luta morreram heróis como Heitor e Aquiles. O fato mitológico foi real, já comprovado por sondagens arqueológicas na Turquia feitas pelo alemão Heinrich Schliemann. O filho de Aquiles, Neptoleno presenciou a vitória dos Gregos que utilizaram a estratégia de Odisseu, ou seja, foi construído por Epeu um grande cavalo de madeira onde vários soldados gregos ficariam escondidos, o qual seria entregue aos Troianos como presente e um símbolo de paz. Com o gesto os Troianos se consideraram vencedores e comemoraram até a exaustão e dormiram. Assim os gregos saíram do cavalo e abriram os portões de Tróia para que ela fosse invadida e destruída totalmente.
Sendo o estaleiro um grande presente dos empresários Valdomiro Arantes e Paulo Haddad (PJMR), para o povo do Titanzinho, a redenção econômica e social do lugar, faz-se necessário examinar com muito cuidado o que tem por dentro deste presente (cavalo). O governador o achou lindo (1.000 empregos diretos e 5.000 indiretos) e ainda aumenta-o com R$ 60 milhões de reais.
A Prefeita de Fortaleza parece ter lido os poemas de Ilíadas e Odisséia escritos por Homero (VIII a.c), e a saga da luta, por isto alerta, como responsável maior pelos destinos de Fortaleza, para muitos pontos que podem transformar o estaleiro num cavalo de Tróia.
O planejamento da cidade não previa um estaleiro na capital, pois ao longo dos últimos anos Fortaleza viu o setor industrial migrar para a periferia metropolitana e a cidade se tornar um centro de serviços e pólo de turismo nacional e internacional. A vocação natural e mercadológica da cidade é para o turismo que gera 15% dos empregos e 28% do PIB. A importância desta atividade é tamanha no que tange á geração de emprego e distribuição de renda que apenas um hotel 5 estrelas com mil leitos gera muito mais empregos que o Estaleiro, ou seja, 1.500 empregos diretos (índice 1.5 de empregabilidade por leito-OMT) e 13.500 empregos indiretos (índice 1 para 9- OMT), índices bem superiores ao da indústria. Vale observar que os empregos indiretos da indústria, principalmente do Estaleiro, serão gerados noutras regiões fornecedoras, enquanto a cadeia produtiva do turismo é quase totalmente local.
A característica do emprego na indústria é bem diferente do turismo. No caso da metalúrgica (Estaleiro), indústria de caráter pesado, o emprego é altamente especializado. A formação da mão-de-obra exigirá qualificação superior e técnica (universidades e escolas técnicas) com pré-requisitos de formação elevados e tempo de formação de 2 a 5 anos e no caso do Titanzinho a escolaridade é baixa juntamente com o IDH. A indústria tem elevada tecnologia de automação (pouca absorção de mão de obra). A geração dos 1.000 empregos se dará na construção do equipamento (mão-de-obra de baixa qualificação) e quando do funcionamento os empregos se afunilarão.
No turismo, a indústria é leve e pouco especializada, o pré-requisito é nossa nativa hospitalidade para a maioria das funções é de alfabetização e primário, com tempo de formação de 3 a 6 meses. O turismo é uma oferta de serviço de elevada absorção de-mão-de obra e gera muito mais empregos no funcionamento do hotel do que na construção. Os salários médios pagos no estaleiro são de R$ 900,00 (novecentos reais), o que não diferencia muito do turismo. O planejamento não é uma ciência estática e em função da dinâmica ele pode modificar até mesmo o plano diretor, a legislação, etc.
Entretanto, esta dinâmica tem que ser evolutiva e voltada para um sentido racional de sustentabilidade econômica, social e ambiental, tudo visando o melhor para a sociedade. No caso do estaleiro, há que aprofundar estudos que possibilitem tomadas de decisão certa. Um dos pontos a serem definidos é a compatibilidade, ou não, do Estaleiro com o turismo -- principal diretriz do desenvolvimento de Fortaleza e para o qual estão acorrendo os maiores investimentos: Centro de Feiras, Aquário, Copa do Mundo, Projeto Orla etc, representando bilhões de dólares. Será que o Estaleiro não está na contramão destes investimentos? Pelas características urbanísticas da cidade, a paisagem de um estaleiro no Titanzinho, sem dúvida, não seria cartão de visita para a cidade, mas ninguém melhor do que o próprio turista poderia responder o que eles acham da localização, já que eles são os compradores do produto Fortaleza e os geradores dos empregos. Eles deveriam ser os primeiros a serem consultados.
O estaleiro vai impactar um espaço que é da população do Titanzino. Assim, eles também deveriam opinar e, por fim, auscultar também o cidadão fortalezense, já que o estaleiro será na cidade. A tendência dos tanques do porto é migrar para o Pecém, a Transnordestina vai para o Pecém, o plano diretor do Pecém prevê estaleiros, por que, então, não construí-lo lá? A resposta está na economicidade da obra, no custo benefício, mas isto do lado do empresário, que esconde dentro do cavalo de Tróia (Estaleiro) suas intenções prioritárias de lucro, e não, de ajudar a comunidade; e sem preocupação com sustentabilidade turística, urbanística e ambiental.
Será que o estaleiro vai gerar para a cidade mais empregos e impostos do que se deixará de ganhar com a retração do fluxo turístico que possivelmente causará? O senhor Valdomiro Arantes afirmou:- “o estaleiro terá um faturamento, no primeiro ano, de 200 milhões de dólares, logo nos cinco anos serão hum milhão de dólares com os contratos da Transpetro”. Ora, com o pré-sal a Transpetro fará novas encomendas, a Vale está com um pedido de 52 navios, os Árabes que tiveram seus estaleiros destruídos pelas guerras estão cheios de pedido e por ai vai (60 bilhões de dólares). Se existe mercado, a empresa é sólida, e o Ceará tem uma localização estratégica em função da eqüidistância (Europa-EUA) para receber os componentes para fabricação das embarcações, além de possuir “maritimidade”(cultura com o mar), a indústria não é sazonal, por que as ações são imediatistas e meramente economicistas de curto prazo? Isto leva a entender que a Proamar fará somente a encomenda da Transpetro e irá virar um entulho de ferro no Titanzinho. Ela não está acreditando no mercado e nem está respeitando a tendência do futuro do Ceará: tudo de Porto no Pecém, industrias no Interior e região metropolitana; e em Fortaleza: serviços e turismo.
O alerta da Prefeitura também refere-se à possibilidade de graves impactos ambientais na cidade e arredores em função do grande aterro (4 hactares ), a produção de lixo mineral, o impacto na biologia marinha etc… Outros aspectos devem também ser levados em conta como impacto social na mudança das atividades de pesca e desporto (surf) da população, a degradação social e econômica das pessoas do bairro caso o mercado encolha e o Estaleiro feche. A ampliação das estruturas portuárias levam sempre, em todo mundo, o aumento da prostituição, fato muito negativo para o turismo saudável da cidade. A incompatibilidade do Estaleiro com o projeto de urbanização da área.
Estes fatos conjugados podem transformar o estaleiro num presente de grego. Os deputados do PSDB, PMDB e alguns do PT de Cid, nas audiências pública, pareciam cruzar o mar Egeu para atacar Tróia como guerrilheiros do rei(Cid) e defendiam a qualquer custo a geração dos 1.000 empregos para a comunidade. Não raciocinavam eles que os 60 milhões da contra-partida do Estado para a construção do Estaleiro poderiam representar 15.000 empregos diretos e 60.000 indiretos se fossem aplicados no Titanzinho em cooperativas de economia solidária dentro da cadeia produtiva do turismo, no contexto de um distrito temático (o célebre navegador espanhol Vicente Ianez Pinzon descobrindo o Brasil no Rostro Hermoso de Fortaleza quatro meses antes de Cabral avistar o Monte Pascoal e/ou o Castelo Encantado do Mucuripe onde Iracema, a virgem dos lábios de mel, ia chorar a saudade de Moreno, o amado guerreiro branco de alem mar).
Qual a diferença entre Luizianne e Cid? O capitalismo liberal (neoliberalismo) tem uma mão invisível que é a força do mercado. Ela impera e manda, e a população obedece. Ela é a lei a que todos devem curvar-se. Na social democracia participativa, as políticas são orientadas pelas pessoas, onde a vontade da maioria predomina. Cid e o PSDB vem da escola de Adam Smith e por isto atropelam as políticas participativas de Luizianne e do PT. O que não combina são os estilos de condução dos processos de gestão de Cid e Luizianne. A gestão compartilhada é muito mais difícil, lenta, filosófica, pragmática, busca a decisão coletiva e descentralizada, controle menos rígido, variáveis intangíveis, valoriza mais os objetivos que as metas, o principal é o bem estar social. A gestão liberal vai na direção do mercado, é mais fácil, individual, centralizada, rápida e menos pragmática, 100% de controle, variáveis tangíveis, trabalha mais com metas do que com objetivos, o principal é fazer caixa para investimentos em infra-estrutura básica e produtiva.
Qual dos dois modelos é o melhor? O melhor seria a junção dos dois e o velho prefeito Juraci Magalhães certa vez me disse uma coisa que até hoje, como profissional do planejamento fico a pensar em como compatibilizar o “fazejamento” e o planejamento. “Eu levo minha gestão fazendo e planejando, planejando e fazendo”. Vendo seu estilo aprendi um pouco. Ele fazia uma participação direta ouvindo a população nos bairros (a coleta da informação era feita por ele mesmo) mas, infelizmente, não era bem discutida. Por outro lado ele não perdia tempo e fazia, principalmente aquilo que não tinha que se discutir, era para ontem. Se os estilos de Cid e Luizianne fossem iguais, talvez não estivesse havendo esta polêmica do estaleiro e, quem sabe, ele seria um presente do bem e não um presente de grego.
Dárdano Nunes de Melo
Prof. do IFCe e diretor do Sindicaturismo
Fonte: Publicado originalmente: 07-03-2010 | Autor: blog eliomardelima | Categoria(s): Economia, Política
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