Entregamos ontem ao Ministério Público Estadual a carta abaixo,
sob protocolo PGJ/CE Nº 16742/2009-8
Movimento Proparque
O Futuro da Terra em suas mãos!
Fortaleza, 2 outubro de 2009.
Exma. Sra.
Dra. Sheila Pitombeira
CAOMACE
Ministério Público Estadual do Ceará
Via Protocolo
Prezada Senhora,
Cumprimentando-a cordialmente, o Movimento Proparque encaminha a V. Sª, para suas providências, os documentos anexos protocolados na Prefeitura Municipal de Fortaleza e entregues em mãos, dia 1º/10/2009, aos secretários Dr. Humberto Carvalho Júnior (SER II) e Dr. Arimá Rocha – Comandante da Guarda Municipal de Fortaleza:
Carta à Prefeita Municipal, Luizianne Lins;
Manifesto Meio Ambiente Sadio como Fator de Felicidade; e
Abaixo-Assinado exigindo Vigilância 24 horas no Parque Ecológico Rio Branco, para evitar que mais mortes sejam registradas naquele espaço público e para proteger o patrimônio público natural e construído – de outubro de 2008 a setembro de 2009, registraram-se três assassinatos no parque.
Na reunião de ontem, em que entregamos o manifesto e o abaixo-assinado aos secretários, estavam presentes os representantes da Emlurb e da Semam, que tomaram conhecimento do conteúdo dos mesmos.
Pedimos-lhe que promova uma reunião entre autoridades da Prefeitura Municipal de Fortaleza e do Movimento Proparque, sob sua presidência, para que sejam firmados compromissos pertinentes à situação do parque descrita nos documentos encaminhados ao Poder Executivo municipal.
Sem mais, apresentamos nossas cordiais saudações.
Luísa Vaz
Coordenadora do Movimento Proparque
Reuniões quintas-feiras, 19h30min, na Rua Castro Alves, 180 -Joaquim Távora –
60130-210 Fortaleza CE - Tel. 3254. 1203 e 8838.1203
movimentoproparque@bol.com.br
http://movimentoproparque.blogspot.com
sábado, 3 de outubro de 2009
Vigilância 24h: Carta à Prefeita de Fortaleza
Carta protocolada no Gabinete da Prefeita, dia 2 de outubro, às 11h30min. Até as 15h30min o computador ainda não havia fornecido o número do processo. Nossa cópia está assinada pelo funcionário Milton. São mais 942 assinaturas somadas às 1.326 protocoladas em fevereiro, o que totaliza 2.278 cidadãos se manifestando por um parque melhor.
Além da carta, seguem o manifesto e o teor do abaixo-assinado:
Movimento Proparque
O Futuro da Terra em suas mãos
Fortaleza, 2 de outubro de 2009.
À
Prefeita Luizianne Lins
Prefeitura Municipal de Fortaleza
Via Protocolo
Prezada Senhora,
VIGILÂNCIA 24 HORAS NO PARQUE ECOLÓGICO RIO BRANCO – Vimos por este intermédio entregar-lhe o manifesto Meio Ambiente Sadio como Fator de Felicidade, sobre a situação atual do Parque Ecológico Rio Branco, e o abaixo-assinado subscrito por 942 cidadãos e cidadãs de Fortaleza, exigindo vigilância 24 horas naquele parque.
Cumpre notar que um abaixo-assinado semelhante foi protolado no seu Gabinete, sob o número 13492/09, em 05.02.09, firmado por 1.326 pessoas.
São várias, e antigas, nossas sugestões para garantir a segurança mínima das pessoas e a preservação do patrimônio natural e construído daquele parque. Administrações se sucedem em Fortaleza, sem que a Prefeitura Municipal adote as medidas cabíveis. Infelizmente esta tem também sido a atitude de sua administração. Desde 2005, temos lhe encaminhado sucessivos apelos neste sentido, até aqui, em vão. Apenas medidas paliativas.
O manifesto faz uma síntese da situação atual do parque, culminando com o assassinato de três pessoas humanas de outubro 2008 a setembro 2009. Exigimos que a senhora tome para si as soluções pertinentes e definitivas, para que outras pessoas não venham a ser mortas no Parque Ecológico Rio Branco, e seu patrimônio natural e construído, preservado.
Solicitamos, também, a regularização fundiária do parque.
Contamos com sua ação efetiva e lhe apresentamos nossas cordiais saudações.
Luísa Vaz
Coordenadora do Movimento Proparque
Reuniões quintas-feiras, 19h, na Rua Castro Alves, 180 – Joaquim Távora, Fortaleza CE. E-mail movimentoproparque@bol.com.br
Nossa página na internet: www.movimentoproparque.blogspot.com
Fones 3254.1203 e 8838.1203
Meio Ambiente Sadio como Fator de Felicidade
Manifesto do Movimento Proparque durante a Manhã Verde
em 20.09.09
Se a vida não tem valor, o que mais é valor? Desde 1995, nós, moradores de toda a Fortaleza, mas em particular dos bairros Joaquim Távora, Tauape e Fátima, exigimos das autoriedades tratamento digno à vida no Parque Ecológico Rio Branco.
Entregamos requerimentos e abaixo-assinados às secretarias da Prefeitura Municipal de Fortaleza e ao Gabinete da atual prefeita Luizianne Lins, do ex-prefeito Juraci Magalhães e ao ex-prefeito Antonio Cambraia. Entregamos requerimentos a órgãos do Estado como a Cagece e a Secretaria de Serviços Urbanos. Também fomos a órgãos federais como o Ibama. Temos os comprovantes carimbados e assinados desses documentos entregues e alguns deles estão expostos aqui nesta Manhã Verde.
Este parque é um ambiente agradável que nós desejamos sempre esteja a serviço da felicidade humana. Queremos este ambiente cheio de árvores e de pássaros. Para nossa convivência, caminhadas e outros exercícios físicos que nos preservam a saúde. Entretanto, as plantas estão sendo quebradas. O patrimônio construído é depredado. Lamentamos as violências que nestes últimos 11 meses resultaram em três mortes.
Isso é inadmissível. Principalmente por já termos alertado todas as autoridades encarregadas. Se a vida não tem valor, o que mais é valor? Depois que cercaram o Parque Cocó e colocaram ali vigilância permanente, caiu a violência lá. Depois que fecharam o Parque das Crianças e colocaram vigilância lá, cessou a depredação. Portanto, as autoridades, cada uma em sua área de atuação, podem ser responsabilizadas pela depredação do patrimônio verde e do patrimônio construído aqui no Parque Ecológico Rio Branco. As autoridades podem ser responsabilizadas por não terem garantido vigilância 24 horas no parque e disso ter resultado as três mortes até agora ocorridas.
Registramos aqui, também, as péssimas condições de trabalho dos servidores da Emlurb, da Guarda Municipal e da Polícia Militar aqui no parque. É uma situação de indignidade: péssimo banheiro, sala sem uma lâmpada, sem um telefone e o vigilante dorme cercado de instrmentos de trabalho usados durante o dia. Enquanto isso, o começo da R. Frei Vidal, que poderia ser usado para aumentar a administração do parque, é ocupada por famílias e revenda de carro. E há outras ocupações irregulares na Av. Visconde do Rio Branco e na R. Castro Alves. E mais: os banheiros públicos não são disponibilizados para o público, falta sinalização no parque.
Deixamos aqui nosso veemente protesto. Como coletividade, estamos fazendo o posso papel. Exigimos que o Estado e a Prefeitura cumpram também o seu papel. Este manifesto e as assinaturas por vigilância 24 horas serão entregues à prefeita de Fortaleza, aos órgãos de segurança do Estado e do Município e ao Ministério Público Estadual.
Não pedimos. Exigimos vigilância 24 horas. Exigimos nosso direito de usar o Parque Ecológico Rio Branco como ambiente saudável e fator de felicidade humana.
Fortaleza, 20 de setembro de 2009.
ABAIXO-ASSINADO
Movimento Proparque
Queremos Segurança no Parque
Nós, cidadãos de Fortaleza, membros do Movimento Proparque ou apoiadores deste Movimento, vimos reivindicar da Exma. Sra. Luizianne Lins, Prefeita de Fortaleza, que coloque vigilância 24 horas no Parque Ecológico Rio Branco, com o objetivo de aumentar a segurança das pessoas e evitar as constantes depredações como quebra de árvores e equipamentos de uso coletivo. Fortaleza, 20 de setembro de 2009.
NOME ou ASSINATURA DOCUMENTO
__________________________________________________________
Além da carta, seguem o manifesto e o teor do abaixo-assinado:
Movimento Proparque
O Futuro da Terra em suas mãos
Fortaleza, 2 de outubro de 2009.
À
Prefeita Luizianne Lins
Prefeitura Municipal de Fortaleza
Via Protocolo
Prezada Senhora,
VIGILÂNCIA 24 HORAS NO PARQUE ECOLÓGICO RIO BRANCO – Vimos por este intermédio entregar-lhe o manifesto Meio Ambiente Sadio como Fator de Felicidade, sobre a situação atual do Parque Ecológico Rio Branco, e o abaixo-assinado subscrito por 942 cidadãos e cidadãs de Fortaleza, exigindo vigilância 24 horas naquele parque.
Cumpre notar que um abaixo-assinado semelhante foi protolado no seu Gabinete, sob o número 13492/09, em 05.02.09, firmado por 1.326 pessoas.
São várias, e antigas, nossas sugestões para garantir a segurança mínima das pessoas e a preservação do patrimônio natural e construído daquele parque. Administrações se sucedem em Fortaleza, sem que a Prefeitura Municipal adote as medidas cabíveis. Infelizmente esta tem também sido a atitude de sua administração. Desde 2005, temos lhe encaminhado sucessivos apelos neste sentido, até aqui, em vão. Apenas medidas paliativas.
O manifesto faz uma síntese da situação atual do parque, culminando com o assassinato de três pessoas humanas de outubro 2008 a setembro 2009. Exigimos que a senhora tome para si as soluções pertinentes e definitivas, para que outras pessoas não venham a ser mortas no Parque Ecológico Rio Branco, e seu patrimônio natural e construído, preservado.
Solicitamos, também, a regularização fundiária do parque.
Contamos com sua ação efetiva e lhe apresentamos nossas cordiais saudações.
Luísa Vaz
Coordenadora do Movimento Proparque
Reuniões quintas-feiras, 19h, na Rua Castro Alves, 180 – Joaquim Távora, Fortaleza CE. E-mail movimentoproparque@bol.com.br
Nossa página na internet: www.movimentoproparque.blogspot.com
Fones 3254.1203 e 8838.1203
Meio Ambiente Sadio como Fator de Felicidade
Manifesto do Movimento Proparque durante a Manhã Verde
em 20.09.09
Se a vida não tem valor, o que mais é valor? Desde 1995, nós, moradores de toda a Fortaleza, mas em particular dos bairros Joaquim Távora, Tauape e Fátima, exigimos das autoriedades tratamento digno à vida no Parque Ecológico Rio Branco.
Entregamos requerimentos e abaixo-assinados às secretarias da Prefeitura Municipal de Fortaleza e ao Gabinete da atual prefeita Luizianne Lins, do ex-prefeito Juraci Magalhães e ao ex-prefeito Antonio Cambraia. Entregamos requerimentos a órgãos do Estado como a Cagece e a Secretaria de Serviços Urbanos. Também fomos a órgãos federais como o Ibama. Temos os comprovantes carimbados e assinados desses documentos entregues e alguns deles estão expostos aqui nesta Manhã Verde.
Este parque é um ambiente agradável que nós desejamos sempre esteja a serviço da felicidade humana. Queremos este ambiente cheio de árvores e de pássaros. Para nossa convivência, caminhadas e outros exercícios físicos que nos preservam a saúde. Entretanto, as plantas estão sendo quebradas. O patrimônio construído é depredado. Lamentamos as violências que nestes últimos 11 meses resultaram em três mortes.
Isso é inadmissível. Principalmente por já termos alertado todas as autoridades encarregadas. Se a vida não tem valor, o que mais é valor? Depois que cercaram o Parque Cocó e colocaram ali vigilância permanente, caiu a violência lá. Depois que fecharam o Parque das Crianças e colocaram vigilância lá, cessou a depredação. Portanto, as autoridades, cada uma em sua área de atuação, podem ser responsabilizadas pela depredação do patrimônio verde e do patrimônio construído aqui no Parque Ecológico Rio Branco. As autoridades podem ser responsabilizadas por não terem garantido vigilância 24 horas no parque e disso ter resultado as três mortes até agora ocorridas.
Registramos aqui, também, as péssimas condições de trabalho dos servidores da Emlurb, da Guarda Municipal e da Polícia Militar aqui no parque. É uma situação de indignidade: péssimo banheiro, sala sem uma lâmpada, sem um telefone e o vigilante dorme cercado de instrmentos de trabalho usados durante o dia. Enquanto isso, o começo da R. Frei Vidal, que poderia ser usado para aumentar a administração do parque, é ocupada por famílias e revenda de carro. E há outras ocupações irregulares na Av. Visconde do Rio Branco e na R. Castro Alves. E mais: os banheiros públicos não são disponibilizados para o público, falta sinalização no parque.
Deixamos aqui nosso veemente protesto. Como coletividade, estamos fazendo o posso papel. Exigimos que o Estado e a Prefeitura cumpram também o seu papel. Este manifesto e as assinaturas por vigilância 24 horas serão entregues à prefeita de Fortaleza, aos órgãos de segurança do Estado e do Município e ao Ministério Público Estadual.
Não pedimos. Exigimos vigilância 24 horas. Exigimos nosso direito de usar o Parque Ecológico Rio Branco como ambiente saudável e fator de felicidade humana.
Fortaleza, 20 de setembro de 2009.
ABAIXO-ASSINADO
Movimento Proparque
Queremos Segurança no Parque
Nós, cidadãos de Fortaleza, membros do Movimento Proparque ou apoiadores deste Movimento, vimos reivindicar da Exma. Sra. Luizianne Lins, Prefeita de Fortaleza, que coloque vigilância 24 horas no Parque Ecológico Rio Branco, com o objetivo de aumentar a segurança das pessoas e evitar as constantes depredações como quebra de árvores e equipamentos de uso coletivo. Fortaleza, 20 de setembro de 2009.
NOME ou ASSINATURA DOCUMENTO
__________________________________________________________
Gigi Castro Canta no Luau Literário

Luau Literário
no Parque Ecológico Rio Branco
Nós do Movimento Proparque convidamos você para o Luau, dia 4 de outubro, domingo, 04.OUT.09, às 19 horas, no anfiteatro do Parque Ecológico Rio Branco na Av. Pontes Vieira. Show da cantora Gigi Castro, poesias, sorteio de brindes e o lançamento do livro “A República”, de Platão, traduzido do grego pelo Prof. Eleazar, da UFC.
Passeio Ecológico à Ibiapaba
Vamos a São Benedito, Viçosa, Tianguá e Ubajara dias 17 e 18 de outubro. Até 20 de setembro, investimento por pessoa:
de R$ 200,00 (quarto duplo) e R$ 220,00 (quarto triplo). Fale conosco.
http:movimentoproparque.blogspot.com
e-mail: movimentoproparque@bol.com.br
Fones 3254.1203 e 8838.1203
Passe este convite para outras pessoas.
AUTORIDADES SÃO CONVIDADAS PARA O LUAU E A DAR APOIO LOGÍSTICO
Movimento Proparque
O Futuro da Terra em suas mãos
Fortaleza, 1º de outubro de 2009.
Ilmo. Sr.
Roberto Rodrigues
Presidente da Emlurb Fax 3131.7608
Nesta
Prezado Senhor,
CONVITE PARA O LUAU LITERÁRIO – Nós do Movimento Proparque vimos convidá-lo para o Luau Literário no anfiteatro do Parque Ecológico Rio Branco, dia 4 de outubro próximo, das 19 às 21h.
Lembramos-lhe que as atividades que o Proparque realiza têm a finalidade de dar visibilidade ao parque como espaço coletivo para a convivência saudável e fraterna, afastando, assim, os agressores daquele bem público.
Será uma honra contar com sua presença no evento.
Contamos com seu apoio e lhe apresentamos nossas
Cordiais Saudações.
Luísa Vaz
Coordenadora do Movimento Proparque
Fones para resposta: 3254.1203 e 8838.1203
Reuniões quintas-feiras, 19h, na Rua Castro Alves, 180 –Joaquim Távora, Fortaleza CE. E-mail movimentoproparque@bol.com.br
Nossa página na internet: www.movimentoproparque.blogspot.com
Movimento Proparque
O Futuro da Terra em suas mãos
Fortaleza, 1º de Outubro de 2009.
À
Policia Militar do Ceará
5ª Cia. do 5º Batalhão da Polícia Militar
Att. Major Antonio Gilvandro Oliveira de Sousa
Em mão
Prezado Senhor,
SEGURANÇA PARA O LUAU LITERÁRIO – Nós do Movimento Proparque solicitamos-lhe apoio para o Luau Literário no anfiteatro do Parque Ecológico Rio Branco, dia 4 de outubro próximo, de 19 às 21h, com a presença da PM, a fim de garantir mais segurança às pessoas participantes.
Lembramos-lhe que o luau literário é uma atividade que o Movimento Proparque realiza desde 2003, como estratégia para dar visibilidade ao parque como lugar ideal para atividades lúdicas e culturais. Esperamos, assim, diminuir os casos de violência e depredação verificados no parque.
Será uma honra contar com sua presença no evento.
Contamos com seu apoio e lhe apresentamos nossas
Saudações.
Luísa Vaz
Gerente de Documentação do Movimento Proparque
Reuniões quintas-feiras, 19h, na Rua Castro Alves, 180 –Joaquim Távora, Fortaleza CE. E-mail movimentoproparque@bol.com.br
Nossa página na internet: www.movimentoproparque.blogspot.com
Movimento Proparque
Rua Castro Alves, 180, Joaquim Távora – 60130-210 Fortaleza CE - Tel. 3254 1203 e 8838.1203
internet: movimentoproparque@bol.com.br
http://movimentoproparque.blogspot.com
Fortaleza, 1 de outubro de 2009.
Ilmo. Sr.
Arimá Rocha
Comandante da Guarda Municipal Fax 3066.2333
Nesta
Prezado Senhor,
SOLICITAÇÃO DE APOIO PARA O LUAU LITERÁRIO – Nós do Movimento Proparque solicitamos-lhe apoio para o Luau Literário no anfiteatro do Parque Ecológico Rio Branco, dia 4 de outubro próximo, de 19 às 21h, com a presença da Guarda Municipal, a fim de garantir mais segurança às pessoas participantes.
Lembramos-lhe que o luau literário é uma atividade que o Proparque realiza desde 2003, como estratégia para dar visibilidade ao parque como lugar ideal para atividades lúdicas e culturais. Esperamos, assim, diminuir os casos de violência e depredação verificados no parque.
Será uma honra contar com sua presença no evento.
Contamos com seu apoio e lhe apresentamos nossas
Luísa Vaz
Coordenadora do Movimento Proparque
Fones para resposta: 3254.1203 e 8838.1203
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Manhã Verde: Ato pela Vida
A manifestação pela vida foi muito bonita, domingo, dia 20, no Parque Ecológico Rio Branco, durante a Manhã Verde realizada pelo Movimento Proparque. Cerca de 100 pessoas permaneceram ao local, enquanto outras assinaram o abaixo-assinado por Vigilância 24 Horas e se retiraram, por causa de afazeres. Os vereadores João Alfredo e Paulo Facó também assinaram o abaixo-assinado e o manifesto lido na ocasião (Veja postagem Meio Ambiente Sadio como Fator de Felicidade).
Nas falas, a indignação dos presentes pelo fato de à noite terem-se registrado no parque três assassinatos nos últimos 11 meses. Roda de conversa sobre a Felicidade Interna Bruta foi coordenada pela jornalista Profa. Geísa Mattos, da Universidade Federal do Ceará (UFC). A Manhã Verde é realizada todos os meses, no segundo semestre, ou quando há um motivo especial. Esta já estava programada, mas os caminhantes do parque foram surpreendidos ao encontrarem um cadáver no parque, dia 14 último. Daí o protesto pela falta de vigilância no parque por parte do poder público.
Ainda nesta semana, o abaixo-assinado e o manifesto serão entregues à Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, ao comando geral da Polícia Militar, à Guarda Municipal e ao Ministério Público Estadual.
Nas falas, a indignação dos presentes pelo fato de à noite terem-se registrado no parque três assassinatos nos últimos 11 meses. Roda de conversa sobre a Felicidade Interna Bruta foi coordenada pela jornalista Profa. Geísa Mattos, da Universidade Federal do Ceará (UFC). A Manhã Verde é realizada todos os meses, no segundo semestre, ou quando há um motivo especial. Esta já estava programada, mas os caminhantes do parque foram surpreendidos ao encontrarem um cadáver no parque, dia 14 último. Daí o protesto pela falta de vigilância no parque por parte do poder público.
Ainda nesta semana, o abaixo-assinado e o manifesto serão entregues à Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, ao comando geral da Polícia Militar, à Guarda Municipal e ao Ministério Público Estadual.
Meio Ambiente Sadio como Fator de Felicidade
Manifesto do Movimento Proparque durante a Manhã Verde no Parque Ecológico Rio Branco, em Fortaleza (CE, Brasil), dia 20.09.09.
Se a vida não tem valor, o que mais é valor? Desde 1995, nós, moradores de toda a Fortaleza, mas em particular dos bairros Joaquim Távora, Tauape e Fátima, exigimos das autoriedades tratamento digno à vida no Parque Ecológico Rio Branco.
Entregamos requerimentos e abaixo-assinados às secretarias da Prefeitura Municipal de Fortaleza e ao Gabinete da atual prefeita Luizianne Lins, do ex-prefeito Juraci Magalhães e ao ex-prefeito Antonio Cambraia. Entregamos requerimentos a órgãos do Estado como a Cagece e a Secretaria de Serviços Urbanos. Também fomos a órgãos federais como o Ibama. Temos os comprovantes carimbados e assinados desses documentos entregues e alguns deles estão expostos aqui nesta Manhã Verde.
Este parque é um ambiente agradável que nós desejamos sempre esteja a serviço da felicidade humana. Queremos este ambiente cheio de árvores e de pássaros. Para nossa convivência, caminhadas e outros exercícios físicos que nos preservam a saúde. Entretanto, as plantas estão sendo quebradas. O patrimônio construído é depredado. Lamentamos as violências que nestes últimos 11 meses resultaram em três mortes.
Isso é inadmissível. Principalmente por já termos alertado todas as autoridades encarregadas. Se a vida não tem valor, o que mais é valor? Depois que cercaram o Parque Cocó e colocaram ali vigilância permanente, caiu a violência lá. Depois que fecharam o Parque das Crianças e colocaram vigilância lá, cessou a depredação. Portanto, as autoridades, cada uma em sua área de atuação, podem ser responsabilizadas pela depredação do patrimônio verde e do patrimônio construído aqui no Parque Ecológico Rio Branco. As autoridades podem ser responsabilizadas por não terem garantido vigilância 24 horas no parque e disso ter resultado as três mortes até agora ocorridas.
Registramos aqui, também, as péssimas condições de trabalho dos servidores da Emlurb, da Guarda Municipal e da Polícia Militar aqui no parque. É uma situação de indignidade: péssimo banheiro, sala sem uma lâmpada, sem um telefone e o vigilante dorme cercado de instrmentos de trabalho usados durante o dia. Enquanto isso, o começo da R. Frei Vidal, que poderia ser usado para aumentar a administração do parque, é ocupada por famílias e revenda de carro. E há outras ocupações irregulares na Av. Visconde do Rio Branco e na R. Castro Alves. E mais: os banheiros públicos não são disponibilizados para o público, falta sinalização no parque.
Deixamos aqui nosso veemente protesto. Como coletividade, estamos fazendo o posso papel. Exigimos que o Estado e a Prefeitura cumpram também o seu papel. Este manifesto e as assinaturas por vigilância 24 horas serão entregues à prefeita de Fortaleza, aos órgãos de segurança do Estado e do Município e ao Ministério Público Estadual.
Não pedimos. Exigimos vigilância 24 horas. Exigimos nosso direito de usar o Parque Ecológico Rio Branco como ambiente saudável e fator de felicidade humana.
Fortaleza, 20 de setembro de 2009.
Se a vida não tem valor, o que mais é valor? Desde 1995, nós, moradores de toda a Fortaleza, mas em particular dos bairros Joaquim Távora, Tauape e Fátima, exigimos das autoriedades tratamento digno à vida no Parque Ecológico Rio Branco.
Entregamos requerimentos e abaixo-assinados às secretarias da Prefeitura Municipal de Fortaleza e ao Gabinete da atual prefeita Luizianne Lins, do ex-prefeito Juraci Magalhães e ao ex-prefeito Antonio Cambraia. Entregamos requerimentos a órgãos do Estado como a Cagece e a Secretaria de Serviços Urbanos. Também fomos a órgãos federais como o Ibama. Temos os comprovantes carimbados e assinados desses documentos entregues e alguns deles estão expostos aqui nesta Manhã Verde.
Este parque é um ambiente agradável que nós desejamos sempre esteja a serviço da felicidade humana. Queremos este ambiente cheio de árvores e de pássaros. Para nossa convivência, caminhadas e outros exercícios físicos que nos preservam a saúde. Entretanto, as plantas estão sendo quebradas. O patrimônio construído é depredado. Lamentamos as violências que nestes últimos 11 meses resultaram em três mortes.
Isso é inadmissível. Principalmente por já termos alertado todas as autoridades encarregadas. Se a vida não tem valor, o que mais é valor? Depois que cercaram o Parque Cocó e colocaram ali vigilância permanente, caiu a violência lá. Depois que fecharam o Parque das Crianças e colocaram vigilância lá, cessou a depredação. Portanto, as autoridades, cada uma em sua área de atuação, podem ser responsabilizadas pela depredação do patrimônio verde e do patrimônio construído aqui no Parque Ecológico Rio Branco. As autoridades podem ser responsabilizadas por não terem garantido vigilância 24 horas no parque e disso ter resultado as três mortes até agora ocorridas.
Registramos aqui, também, as péssimas condições de trabalho dos servidores da Emlurb, da Guarda Municipal e da Polícia Militar aqui no parque. É uma situação de indignidade: péssimo banheiro, sala sem uma lâmpada, sem um telefone e o vigilante dorme cercado de instrmentos de trabalho usados durante o dia. Enquanto isso, o começo da R. Frei Vidal, que poderia ser usado para aumentar a administração do parque, é ocupada por famílias e revenda de carro. E há outras ocupações irregulares na Av. Visconde do Rio Branco e na R. Castro Alves. E mais: os banheiros públicos não são disponibilizados para o público, falta sinalização no parque.
Deixamos aqui nosso veemente protesto. Como coletividade, estamos fazendo o posso papel. Exigimos que o Estado e a Prefeitura cumpram também o seu papel. Este manifesto e as assinaturas por vigilância 24 horas serão entregues à prefeita de Fortaleza, aos órgãos de segurança do Estado e do Município e ao Ministério Público Estadual.
Não pedimos. Exigimos vigilância 24 horas. Exigimos nosso direito de usar o Parque Ecológico Rio Branco como ambiente saudável e fator de felicidade humana.
Fortaleza, 20 de setembro de 2009.
domingo, 13 de setembro de 2009
Solidariedade à Comunidade de Cumbe
Comunidades do Cumbe e Canavieira (Aracati, Ceará, Brasil) protestam mais uma vez contra os impactos provocados pelas usinas eólicas.
Os/As moradores/as das comunidades do Cumbe e Canavieira, no município de Aracati, estão em vigília fechando a estrada de acesso para a usina eólica Bons Ventos, desde o dia 08 de setembro. A população está ocupando a via, pela terceira vez consecutiva, para protestar contra o desrespeito e abusos cometidos pela empresa durante o processo de instalação de parques eólicos.
Desde o início da instalação de usinas eólicas em Aracati, em 2008, as comunidades do Sítio Cumbe e Canavieira vêm denunciando os impactos socioambientais que a instalação de um parque de energia eólica no local poderia provocar. No entanto, a despeito das contestações realizadas pelas comunidades, a instalação das usinas tem sido realizada sem o diálogo necessário e desrespeitando o patrimônio natural e cultural dessas populações.
Num ato de protesto contra o desrespeito com o qual estão sendo tratados, no dia 08 de setembro, cerca de 200 moradores/as do Cumbe bloquearam a estrada que dá acesso a empresa para impedir o tráfego de veículos na mesma. A proposta é permanecer no local até que sejam discutidas as demandas da comunidade e a construção de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da empresa. Os comunitários tiveram sua vida e rotina completamente alteradas desde o início das obras. Na estrada que dá acesso a empresa o trânsito de veículos pesados ocorre dia e noite, a poeira e a lama invadem as casas e o barulho ensurdecedor é constante. Além disso, estruturas de casa e de prédios importantes para a comunidade, como a igreja e a escola local, foram gravemente afetados.
O Representante do Governo do Estado Eduardo Diogo, Diretor de Desenvolvimento Setorial esteve na comunidade, no dia 12 de setembro último, para negociar com os/as moradores/as, mas nenhum acordo foi estabelecido uma vez que nenhuma proposta concreta foi apresentada para solucionar os problemas. Diante disso, a comunidade não teve outra alternativa que não fosse a continuação do protesto.
Até o momento, a empresa e a prefeitura municipal de Aracati não estabeleceram nenhum diálogo formal com a comunidade, mas numa entrevista em rádio de sua propriedade (FM Canoa), o prefeito proferiu ameaças a comunidade ao estabelecer o dia 13 de setembro como prazo limite para a liberação da estrada. Caso a estrada não seja liberada, a ameaça é de que a polícia seja acionada para retirar os comunitários a força. O pronunciamento do prefeito, que acusou a comunidade de estar fazendo “terrorismo”, expressa claramente a repressão ao direito de livre manifestação e a tentativa de criminalizar as comunidades e os movimentos sociais envolvidos com a luta pela justiça socioambiental. Em apoio às comunidades do Cumbe e Canavieira redes, fóruns, movimentos e organizações sociais divulgaram nota pública: Carta Aberta dos movimentos sociais, redes e fóruns socioambientalistas. (Leia texto reproduzido a seguir)
Sobre os impactos da “energia limpa” no Cumbe
Há aproximadamente dois anos a comunidade do Cumbe foi surpreendida com a instalação, em seu campo de dunas, de três parques de energia eólica - BONS VENTOS, CANOA QUEBRADA E ENACEL -, cujos donos são portugueses. Propagada como fonte de energia alternativa limpa, as eólicas estão recebendo grandes investimentos do Governo para serem implantadas em larga escala na Zona Costeira do Ceará. No entanto, é urgente aprofundar o debate sobre a forma como esses empreendimentos estão sendo difundidos e os métodos que usam para se instalar em territórios onde secularmente vivem comunidades tradicionais.
Para compreender os impactos provocados e a metodologia de implantação dos projetos em curso, o caso do Cumbe — comunidade já fortemente impactada pela instalação da carcinicultura (criação de camarão em cativeiro) — é exemplar. No campo de dunas em que está se dando a implantação dos aerogeradores foi constatada, através de estudos realizados pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 2004, a presença de sítios arqueológicos. Frente a esta constatação, iniciou-se um processo junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para que fossem tomadas as medidas legais de proteção ao patrimônio, porém, até o momento o processo não avançou e a comunidade continua esperando as medidas cabíveis por parte do Estado.
Além de contestar a necessidade de proteção dos sítios arqueológicos a empresa usa o tradiconal argumento da geração de emprego e renda para a comunidade, como forma de invisibilizar os vários impactos socioambientais que essa atividade, da forma como está sendo realizada, traz. Um discurso que historicamente tem se apresentado como uma falácia para as comunidades costeiras. Os empregos prometidos ou não existem ou são provisórios e precários, se restringindo muitas vezes ao período da instalação da infra-estrutura dos empreendimentos. Além disso, outras promessas como a pavimentação da estrada que dá acesso a comunidade, o aumento de investimentos públicos para a construção de escolas, creches e posto de saúde também nunca se concretizaram.
Portanto, no Cumbe e em Canavieiras a energia limpa chega de forma suja. Pois, ao fazermos um balanço da relação benéfico/custo desse emprendimento para as comunidades, temos de um lado lucros para meia dúzia de empresários, apoiados pelos governos nas esferas, locais, estadual e nacional e de outro impactos socioambientais irreparáveis para as comunidades costeiras, totalmente negligenciadas pelo Estado — caracterizando um claro processo processo de injustiça ambiental. No caso em questão tais impactos se expressam na destruição dos sítios arqueológicos, no aterramento das lagoas interdunares e na terraplanagem das dunas que tem comprometido o abastecimento de água do Cumbe, pois o parque eólico está sendo construído sobre o aqüífero que abastece o município de Aracati.
Além disso, as casas da comunidade, a escola e a igreja, estão com as estruturas físicas comprometidas e os/as moradores/as expostos a poluição sonora, a poeira e a lama produzidas pelo o movimento de caçambas, caminhões, tratores e equipamentos pesados que circulam constantemente pela comunidade no processo de implantação dos aerogeradores, provocando um aumento de problemas de saúde nas referidas comunidades.
As usinas eólicas e o ZEE (Zoneamento Ecológico Econômico da Zona Costeira do Ceará)
Diante dos problemas apresentados, quando da instalação das usinas eólicas em comunidades da Zona Costeira do Ceará, faz-se urgente aprofundar o debate sobre o futuro da instalação desses empreendimentos no Estado, sobretudo, vinculando esse debate com o que está sendo proposto pelo decreto do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), em vias de regulamentação.
O texto atual do ZEE prevê a liberação de 100% das dunas móveis para a implantação de aerogeradores. No entanto, a realidade associada à implantação de geradores de energia eólica nos campos de dunas do Ceará demonstra a insustentabilidade da proposta. Segundo o documento de análise da minuta do decreto realizado por movimentos ambientalistas “as usinas que estão operando e as em fase de instalação revelam que toda a área ocupada pelos aerogeradores é gravemente degradada — terraplanada, fixada, fragmentada, desmatada, compactada, alteradas a morfologia, topografia e fisionomia do campo de dunas —, pois se faz necessário manter uma rede de vias de acesso para cada um dos aerogeradores e resguardar a base dessas estruturas da erosão eólica, resultando em generalizado e aleatório processo de fixação artificial das dunas.”
É, então, urgente refletir que, embora a produção de energia eólica seja fundamental para enfrentar as consequências do aquecimento global, ela não pode continuar sendo implementada nos moldes atuais, visando apenas favorecer os investidores e as grandes empreiteiras responsáveis por sua instalação. É necessário que os estudos sobre os impactos ambientais sejam aprofundados, que alternativas locacionais sejam previstas e que o respeito às comunidades que vivem na Zona Costeira sejam premissas básicas. Enquanto essas questões não forem revistas não é possível afirmar que a energia eólica é uma alternativa limpa e sustentável.
SERVIÇO
Mais informações
Associação de Moradores do Cumbe – Aracati
(85)9624.2107
Solidariedade às comunidades do Cumbe e Canavieira, Aracati
Carta Aberta dos movimentos sociais, redes e fóruns socioambientalistas.
Por meio da presente, nós que integramos as diversas redes, fóruns e movimentos sociais, que constroem reflexões e ações no campo socioambiental, subscritas ao final, tornamos de conhecimento público nossa preocupação com a segurança dos/as moradores/as das comunidades do Cumbe e Canavieira, reconhecidas por suas lutas — inicialmente contra a carcinicultura e agora contra os parques eólicos —, e que desde o dia 08 de setembro de 2009 se encontram em vigília, interditando um trecho para impedir o acesso às usinas eólicas da empresa Bons Ventos.
A empresa, de propriedade portuguesa, colocou em curso a instalação de três parques eólicos no campo de dunas das referidas comunidades. A exemplo da carcinicultura, os parques eólicos — atualmente vendidos como a grande tecnologia para produzir energia limpa — seguem uma matriz desenvolvimentista e economicista cuja principal marca é a produção de grandes lucros para poucos, às custas da degradação socioambiental, ou em outras palavras, da produção de riscos ambientais. No Cumbe e em Canavieira estes riscos se expressam na privatização dos espaços de uso coletivo, na destruição dos sítios arqueológicos, no aterramento das lagoas interdunares e na terraplanagem das dunas, que resulta no comprometimento do abastecimento de água para os comunitários, pois o parque eólico está sendo construído sobre o aqüífero que, a mais de trinta anos, abastece a população de Aracati, só para citar alguns.
Esta equação, lucros para os empresários igual a riscos ambientais para as comunidades, se configura como um exemplo claro de injustiça ambiental, contra a qual aproximadamente 200 comunitários/as do Cumbe, junto com representantes de outros movimentos sociais, como o Movimento dos Sem Terra (MST), estão lutando. Ao impedir o tráfego dos automóveis da empresa, exceto aqueles que transportam os vigilantes, até que sejam discutidas as demandas da comunidade de construção de ajustamento de conduta da empresa, as comunidades e os movimentos sociais querem pôr em debate a matriz de desenvolvimento que o governo brasileiro tem colocado em curso na Zona Costeira cearense, redefinindo lugares de falas e de decisão para que as comunidades tenham poder para participar e influenciar nos processos de gestão e uso de seu território.
No entanto, em resposta ao protesto das comunidades, a prefeitura de Aracati, sem estabelecer nenhum diálogo formal com a comunidade, colocou como data limite para desocupação da estrada, o dia 13 de setembro, sob a ameaça do envio da polícia para retirada, à força, do movimento. Entendendo que o Estado brasileiro não pode criminalizar a ação de quem levanta a voz para defender os direitos das comunidades tradicionais, que têm sido ameaçadas pela implementação de grandes obras de infraestrutura, promovidas como sendo grandes “projetos de desenvolvimento”, denunciamos a ação da prefeitura e da empresa, que não podem recorrer ao aparato policial para amedrontar pessoas e/ou grupos que lutam em defesa da justiça socioambiental. Em um regime que se diz democrático, a liberdade de falas, posicionamentos e expressões políticas devem ser respeitadas e acolhidas, e não reprimidas.
Nesse contexto, à nossa preocupação somamos a solidariedade com a luta da comunidade do Sítio Cumbe e Canavieira, ao tempo em que exigimos agilidade do poder público no encaminhamento das denúncias referentes aos conflitos gerados pela empresa Bons Ventos e na exigência da efetivação do ajuste de conduta da empresa nesta comunidade.
Assinam esta carta:
Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará – FDZCC
Rede de Educação Ambiental do Litoral Cearense – REALCE
Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB
Articulação de Mulheres Pescadoras do Ceará - AMP/CE
Fórum Cearense de Mulheres - FCM
Fórum de Pescadores e Pescadoras do Litoral Cearense - FPPLC
Fundação Brasil Cidadão - FBC
G-10 da Resex de Canavieiras
Movimento Nacional de Pescadores – MONAPE
Movimento Proparque (Rio Branco) – Fortaleza CE
Os/As moradores/as das comunidades do Cumbe e Canavieira, no município de Aracati, estão em vigília fechando a estrada de acesso para a usina eólica Bons Ventos, desde o dia 08 de setembro. A população está ocupando a via, pela terceira vez consecutiva, para protestar contra o desrespeito e abusos cometidos pela empresa durante o processo de instalação de parques eólicos.
Desde o início da instalação de usinas eólicas em Aracati, em 2008, as comunidades do Sítio Cumbe e Canavieira vêm denunciando os impactos socioambientais que a instalação de um parque de energia eólica no local poderia provocar. No entanto, a despeito das contestações realizadas pelas comunidades, a instalação das usinas tem sido realizada sem o diálogo necessário e desrespeitando o patrimônio natural e cultural dessas populações.
Num ato de protesto contra o desrespeito com o qual estão sendo tratados, no dia 08 de setembro, cerca de 200 moradores/as do Cumbe bloquearam a estrada que dá acesso a empresa para impedir o tráfego de veículos na mesma. A proposta é permanecer no local até que sejam discutidas as demandas da comunidade e a construção de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da empresa. Os comunitários tiveram sua vida e rotina completamente alteradas desde o início das obras. Na estrada que dá acesso a empresa o trânsito de veículos pesados ocorre dia e noite, a poeira e a lama invadem as casas e o barulho ensurdecedor é constante. Além disso, estruturas de casa e de prédios importantes para a comunidade, como a igreja e a escola local, foram gravemente afetados.
O Representante do Governo do Estado Eduardo Diogo, Diretor de Desenvolvimento Setorial esteve na comunidade, no dia 12 de setembro último, para negociar com os/as moradores/as, mas nenhum acordo foi estabelecido uma vez que nenhuma proposta concreta foi apresentada para solucionar os problemas. Diante disso, a comunidade não teve outra alternativa que não fosse a continuação do protesto.
Até o momento, a empresa e a prefeitura municipal de Aracati não estabeleceram nenhum diálogo formal com a comunidade, mas numa entrevista em rádio de sua propriedade (FM Canoa), o prefeito proferiu ameaças a comunidade ao estabelecer o dia 13 de setembro como prazo limite para a liberação da estrada. Caso a estrada não seja liberada, a ameaça é de que a polícia seja acionada para retirar os comunitários a força. O pronunciamento do prefeito, que acusou a comunidade de estar fazendo “terrorismo”, expressa claramente a repressão ao direito de livre manifestação e a tentativa de criminalizar as comunidades e os movimentos sociais envolvidos com a luta pela justiça socioambiental. Em apoio às comunidades do Cumbe e Canavieira redes, fóruns, movimentos e organizações sociais divulgaram nota pública: Carta Aberta dos movimentos sociais, redes e fóruns socioambientalistas. (Leia texto reproduzido a seguir)
Sobre os impactos da “energia limpa” no Cumbe
Há aproximadamente dois anos a comunidade do Cumbe foi surpreendida com a instalação, em seu campo de dunas, de três parques de energia eólica - BONS VENTOS, CANOA QUEBRADA E ENACEL -, cujos donos são portugueses. Propagada como fonte de energia alternativa limpa, as eólicas estão recebendo grandes investimentos do Governo para serem implantadas em larga escala na Zona Costeira do Ceará. No entanto, é urgente aprofundar o debate sobre a forma como esses empreendimentos estão sendo difundidos e os métodos que usam para se instalar em territórios onde secularmente vivem comunidades tradicionais.
Para compreender os impactos provocados e a metodologia de implantação dos projetos em curso, o caso do Cumbe — comunidade já fortemente impactada pela instalação da carcinicultura (criação de camarão em cativeiro) — é exemplar. No campo de dunas em que está se dando a implantação dos aerogeradores foi constatada, através de estudos realizados pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 2004, a presença de sítios arqueológicos. Frente a esta constatação, iniciou-se um processo junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para que fossem tomadas as medidas legais de proteção ao patrimônio, porém, até o momento o processo não avançou e a comunidade continua esperando as medidas cabíveis por parte do Estado.
Além de contestar a necessidade de proteção dos sítios arqueológicos a empresa usa o tradiconal argumento da geração de emprego e renda para a comunidade, como forma de invisibilizar os vários impactos socioambientais que essa atividade, da forma como está sendo realizada, traz. Um discurso que historicamente tem se apresentado como uma falácia para as comunidades costeiras. Os empregos prometidos ou não existem ou são provisórios e precários, se restringindo muitas vezes ao período da instalação da infra-estrutura dos empreendimentos. Além disso, outras promessas como a pavimentação da estrada que dá acesso a comunidade, o aumento de investimentos públicos para a construção de escolas, creches e posto de saúde também nunca se concretizaram.
Portanto, no Cumbe e em Canavieiras a energia limpa chega de forma suja. Pois, ao fazermos um balanço da relação benéfico/custo desse emprendimento para as comunidades, temos de um lado lucros para meia dúzia de empresários, apoiados pelos governos nas esferas, locais, estadual e nacional e de outro impactos socioambientais irreparáveis para as comunidades costeiras, totalmente negligenciadas pelo Estado — caracterizando um claro processo processo de injustiça ambiental. No caso em questão tais impactos se expressam na destruição dos sítios arqueológicos, no aterramento das lagoas interdunares e na terraplanagem das dunas que tem comprometido o abastecimento de água do Cumbe, pois o parque eólico está sendo construído sobre o aqüífero que abastece o município de Aracati.
Além disso, as casas da comunidade, a escola e a igreja, estão com as estruturas físicas comprometidas e os/as moradores/as expostos a poluição sonora, a poeira e a lama produzidas pelo o movimento de caçambas, caminhões, tratores e equipamentos pesados que circulam constantemente pela comunidade no processo de implantação dos aerogeradores, provocando um aumento de problemas de saúde nas referidas comunidades.
As usinas eólicas e o ZEE (Zoneamento Ecológico Econômico da Zona Costeira do Ceará)
Diante dos problemas apresentados, quando da instalação das usinas eólicas em comunidades da Zona Costeira do Ceará, faz-se urgente aprofundar o debate sobre o futuro da instalação desses empreendimentos no Estado, sobretudo, vinculando esse debate com o que está sendo proposto pelo decreto do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), em vias de regulamentação.
O texto atual do ZEE prevê a liberação de 100% das dunas móveis para a implantação de aerogeradores. No entanto, a realidade associada à implantação de geradores de energia eólica nos campos de dunas do Ceará demonstra a insustentabilidade da proposta. Segundo o documento de análise da minuta do decreto realizado por movimentos ambientalistas “as usinas que estão operando e as em fase de instalação revelam que toda a área ocupada pelos aerogeradores é gravemente degradada — terraplanada, fixada, fragmentada, desmatada, compactada, alteradas a morfologia, topografia e fisionomia do campo de dunas —, pois se faz necessário manter uma rede de vias de acesso para cada um dos aerogeradores e resguardar a base dessas estruturas da erosão eólica, resultando em generalizado e aleatório processo de fixação artificial das dunas.”
É, então, urgente refletir que, embora a produção de energia eólica seja fundamental para enfrentar as consequências do aquecimento global, ela não pode continuar sendo implementada nos moldes atuais, visando apenas favorecer os investidores e as grandes empreiteiras responsáveis por sua instalação. É necessário que os estudos sobre os impactos ambientais sejam aprofundados, que alternativas locacionais sejam previstas e que o respeito às comunidades que vivem na Zona Costeira sejam premissas básicas. Enquanto essas questões não forem revistas não é possível afirmar que a energia eólica é uma alternativa limpa e sustentável.
SERVIÇO
Mais informações
Associação de Moradores do Cumbe – Aracati
(85)9624.2107
Solidariedade às comunidades do Cumbe e Canavieira, Aracati
Carta Aberta dos movimentos sociais, redes e fóruns socioambientalistas.
Por meio da presente, nós que integramos as diversas redes, fóruns e movimentos sociais, que constroem reflexões e ações no campo socioambiental, subscritas ao final, tornamos de conhecimento público nossa preocupação com a segurança dos/as moradores/as das comunidades do Cumbe e Canavieira, reconhecidas por suas lutas — inicialmente contra a carcinicultura e agora contra os parques eólicos —, e que desde o dia 08 de setembro de 2009 se encontram em vigília, interditando um trecho para impedir o acesso às usinas eólicas da empresa Bons Ventos.
A empresa, de propriedade portuguesa, colocou em curso a instalação de três parques eólicos no campo de dunas das referidas comunidades. A exemplo da carcinicultura, os parques eólicos — atualmente vendidos como a grande tecnologia para produzir energia limpa — seguem uma matriz desenvolvimentista e economicista cuja principal marca é a produção de grandes lucros para poucos, às custas da degradação socioambiental, ou em outras palavras, da produção de riscos ambientais. No Cumbe e em Canavieira estes riscos se expressam na privatização dos espaços de uso coletivo, na destruição dos sítios arqueológicos, no aterramento das lagoas interdunares e na terraplanagem das dunas, que resulta no comprometimento do abastecimento de água para os comunitários, pois o parque eólico está sendo construído sobre o aqüífero que, a mais de trinta anos, abastece a população de Aracati, só para citar alguns.
Esta equação, lucros para os empresários igual a riscos ambientais para as comunidades, se configura como um exemplo claro de injustiça ambiental, contra a qual aproximadamente 200 comunitários/as do Cumbe, junto com representantes de outros movimentos sociais, como o Movimento dos Sem Terra (MST), estão lutando. Ao impedir o tráfego dos automóveis da empresa, exceto aqueles que transportam os vigilantes, até que sejam discutidas as demandas da comunidade de construção de ajustamento de conduta da empresa, as comunidades e os movimentos sociais querem pôr em debate a matriz de desenvolvimento que o governo brasileiro tem colocado em curso na Zona Costeira cearense, redefinindo lugares de falas e de decisão para que as comunidades tenham poder para participar e influenciar nos processos de gestão e uso de seu território.
No entanto, em resposta ao protesto das comunidades, a prefeitura de Aracati, sem estabelecer nenhum diálogo formal com a comunidade, colocou como data limite para desocupação da estrada, o dia 13 de setembro, sob a ameaça do envio da polícia para retirada, à força, do movimento. Entendendo que o Estado brasileiro não pode criminalizar a ação de quem levanta a voz para defender os direitos das comunidades tradicionais, que têm sido ameaçadas pela implementação de grandes obras de infraestrutura, promovidas como sendo grandes “projetos de desenvolvimento”, denunciamos a ação da prefeitura e da empresa, que não podem recorrer ao aparato policial para amedrontar pessoas e/ou grupos que lutam em defesa da justiça socioambiental. Em um regime que se diz democrático, a liberdade de falas, posicionamentos e expressões políticas devem ser respeitadas e acolhidas, e não reprimidas.
Nesse contexto, à nossa preocupação somamos a solidariedade com a luta da comunidade do Sítio Cumbe e Canavieira, ao tempo em que exigimos agilidade do poder público no encaminhamento das denúncias referentes aos conflitos gerados pela empresa Bons Ventos e na exigência da efetivação do ajuste de conduta da empresa nesta comunidade.
Assinam esta carta:
Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará – FDZCC
Rede de Educação Ambiental do Litoral Cearense – REALCE
Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB
Articulação de Mulheres Pescadoras do Ceará - AMP/CE
Fórum Cearense de Mulheres - FCM
Fórum de Pescadores e Pescadoras do Litoral Cearense - FPPLC
Fundação Brasil Cidadão - FBC
G-10 da Resex de Canavieiras
Movimento Nacional de Pescadores – MONAPE
Movimento Proparque (Rio Branco) – Fortaleza CE
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Passeio à Serra da Ibiapaba
Convite
Vamos às cidades de São Benedito, Viçosa, Tianguá e Ubajara dia 17 e 18 de outubro e o Movimento Proparque convida você, seus familiares e amigos. Sairemos sábado e voltaremos domingo, passando também pela Bica do Ipu. A passagem dá direito ao ônibus Gertaxi e hospedagem com café da manhã, além de dois lanches no ônibus. Preços por pessoa até 20 de setembro: R$ 180,00 em quarto para 3 e R$ 200,00 em quarto para duas pessoas. Depois desta data, cada preço tem acréscimo de R$ 20,00. Almoço e jantar estão fora desses preços. Compre logo seu lugar, para garantir a viagem. Caso não se forme o grupo com pelo menos 30 pessoas, devolveremos seu dinheiro. É necessário se formar o grupo logo, para garantir os preços do ônibus e do hotel. As passagens serão vendidas até 15 de outubro.
O Movimento Proparque realiza esses passeios desde 1998. Os objetivos são: conhecer ecossistemas do Ceará, promover diversão sadia e recolher algum recurso para manter a independência de nossa ong.
Mais Informações com Luísa Vaz: 3254.1203 e 88381203
e-mail: movimentoproparque@bol.com.br
Vamos às cidades de São Benedito, Viçosa, Tianguá e Ubajara dia 17 e 18 de outubro e o Movimento Proparque convida você, seus familiares e amigos. Sairemos sábado e voltaremos domingo, passando também pela Bica do Ipu. A passagem dá direito ao ônibus Gertaxi e hospedagem com café da manhã, além de dois lanches no ônibus. Preços por pessoa até 20 de setembro: R$ 180,00 em quarto para 3 e R$ 200,00 em quarto para duas pessoas. Depois desta data, cada preço tem acréscimo de R$ 20,00. Almoço e jantar estão fora desses preços. Compre logo seu lugar, para garantir a viagem. Caso não se forme o grupo com pelo menos 30 pessoas, devolveremos seu dinheiro. É necessário se formar o grupo logo, para garantir os preços do ônibus e do hotel. As passagens serão vendidas até 15 de outubro.
O Movimento Proparque realiza esses passeios desde 1998. Os objetivos são: conhecer ecossistemas do Ceará, promover diversão sadia e recolher algum recurso para manter a independência de nossa ong.
Mais Informações com Luísa Vaz: 3254.1203 e 88381203
e-mail: movimentoproparque@bol.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)