Andando no parque hoje, encontro jovens praticando esportes marciais. Um deles, o líder, tem iniciação e os colegas sugerem que ele ensine técnicas de auto-defesa. "Sim, por que não? Especialmente para as mulheres, maiores vítimas dos assaltantes", diz um deles. Fica a idéia. Convido o grupo para as reuniões do Movimento Proparque, quintas-feiras, 19h, na R. Castro Alves, 180, quase em frente à banca de revista do Maia.
Deixo com eles o telefone de contato 3254.1203 e eles ficam de analisar a proposta. Se aceitam, será mais um serviço para a população no Parque Ecológico Rio Branco, em Fortaleza, Ceará, Brasil. Alegam que precisariam de patrocínio para a compra de equipamentos. Argumentei que isso não seria problema, pois, quando se é jovem, dificuldades como esta são superadas fáci, fácil. Até empresários que caminham no parque poderiam patrocinar.
domingo, 23 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
Proparque no Simpósio de Psicologia
Apresentei dia 14, a experiência do Movimento Proparque no II Simpósio de Psicologia Ambiental da Unifor. Foram duas horas de exposição e debate de que participaram cerca de 30 alunos e professores da Universidade de Fortaleza. Junto comigo, Artur Bruno apresentou a Associação Amigos da Praça e Lívia Leorne discorreu sobre trabalho acadêmico junto a usuários da Praça do Ferreira, em Fortaleza.
Foi oportunidade para apresentar as conquistas e dificuldades do Movimento Proparque, as reações dos públicos à ação da entidade. Entre estes públicos, os moradores do bairro, os caminhantes do parque, as autoridades, a imprensa. Também foram abordados os métodos de trabalho da ong, sua posição de independência em relação a partidos, governos e religiões. Entre as conquistas, foram citados: maior número de caminhantes todos os dias, mais respeito pelo parque por parte da população, iluminação total do parque, pessoas cuidando de plantas, melhores equipamentos instalados pela atual administração da prefeitura.
As dificuldades são: relacionamento com técnicos e autoridades municipais, insegurança (a cargo do Estado), depredações, deposição de lixo, degradação até pelo método de varrer o logradouro, limites diminuídos e falta de definição do parque conforme a lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
Os presentes foram convidados para o Passeio Ecológico que o movimento fará à casa de Rachel de Queiros, em Quixadá, dia 7 de dezembro, e para a missa que abrirá o Mês da Vida, dia 2 de dezembro, no anfiteatro do parque, às 18h.
Ademir Costa
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Jornal O Povo Mostra Origem do Proparque
O Movimento Proparque como esforço da sociedade civil para melhorar seu ambiente de vida. Assim o Jornal O Povo, de Fortaleza, mostrou nossa ong na reportagem de hoje "Iniciativas cidadãs se multiplicam", à página 8. A matéria é fiel ao resumir a origem do Movimento, passa uma idéia positiva de uma entidade ativa em benefício da comunidade.
Falha entretanto, ao escrever que eu lamento nunca termos "evoluído para um convênio formal" com alguma esfera do poder público. Foi um mal-entendido. Pelo contrário, exaltei o fato de até aqui mantermos nossos projetos com recursos próprios. A reportagem exalta alianças entre poder público e grupos de cidadãos. Não somos contra e até já propomos parcerias formais com a prefeitura. Só que não se concretizaram.
Há vantagem em não receber dinheiro público para administrar. Fica-se mais independente. Reconheço, entretanto, que não é de todo impossível uma organização firmar convênio com o poder público e manter sua independência. Até porque há parceria informal, hoje, entre o Movimento Proparque e a Prefeitura de Fortaleza e a Polícia Militar (governo do Estado).
Ajudamos com informações sobre problemas a resolver, participamos de uma comissão criada para elaborar propostas para o parque, ajudamos na busca de soluções. Essas alianças pontuais, no interesse do meio ambiente e da população, jamais retiraram nosso poder de crítica. Tampouco nos impediram de tomar as medidas que julgamos necessárias, dentro das finalidades de nossa organização.
Ao falar de nosso método de trabalho, a matéria é inclompleta: diz que usamos abaixo-assinados, mas não cita as audiências com as autoridades, as atividades de mobilização e denúncia, os atos de protesto e os projetos em desenvolvimento no parque como Vejo Flores em Você, Manhã Verde, plantio de árvores.
Veja a íntegra da reportagem em:
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/834682.html
(caso não acesse a página apenas clicando, copie e cole em seu navegador)
Falha entretanto, ao escrever que eu lamento nunca termos "evoluído para um convênio formal" com alguma esfera do poder público. Foi um mal-entendido. Pelo contrário, exaltei o fato de até aqui mantermos nossos projetos com recursos próprios. A reportagem exalta alianças entre poder público e grupos de cidadãos. Não somos contra e até já propomos parcerias formais com a prefeitura. Só que não se concretizaram.
Há vantagem em não receber dinheiro público para administrar. Fica-se mais independente. Reconheço, entretanto, que não é de todo impossível uma organização firmar convênio com o poder público e manter sua independência. Até porque há parceria informal, hoje, entre o Movimento Proparque e a Prefeitura de Fortaleza e a Polícia Militar (governo do Estado).
Ajudamos com informações sobre problemas a resolver, participamos de uma comissão criada para elaborar propostas para o parque, ajudamos na busca de soluções. Essas alianças pontuais, no interesse do meio ambiente e da população, jamais retiraram nosso poder de crítica. Tampouco nos impediram de tomar as medidas que julgamos necessárias, dentro das finalidades de nossa organização.
Ao falar de nosso método de trabalho, a matéria é inclompleta: diz que usamos abaixo-assinados, mas não cita as audiências com as autoridades, as atividades de mobilização e denúncia, os atos de protesto e os projetos em desenvolvimento no parque como Vejo Flores em Você, Manhã Verde, plantio de árvores.
Veja a íntegra da reportagem em:
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/834682.html
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008
MCP Ocupa a SEMAM: mais um passo à frente
A elite de Fortaleza sempre controlou o território urbano e os recursos da cidade. Com isso concentrou muita riqueza ao longo de décadas. Nesta lógica do capital, o povo trabalhador sempre foi visto como mão de obra barata, por um lado, e um estorvo ao livre uso dos territórios pela elite, por outro. Um estorvo porque o povo tem que morar em algum canto e nem sempre as pessoas escolhem para ocupar áreas sem interesse econômico. Além de morar, os pobres ainda têm o desplante de utilizar certos territórios para seu lazer e sobrevivência. Por isso, entendemos que a luta de classes se materializa na disputa pelo espaço urbano e seus recursos naturais e estruturais. Nesse sentido o MCP vem amadurecendo num processo de construção coletiva em suas instâncias de base e de coordenação, um projeto de cidade apto a disputar a cidade palmo a palmo com a burguesia. E assim, discutindo com os filhos do povo que decidiram erguer sua voz, vamos refletindo o que queremos realizar na cidade e que iniciativas e ações nos levarão à vitória. Cada passo de um movimento enraizado e democrático se dá com dificuldades e num tempo político que é próprio do processo de auto-construção do movimento.
Há exatos quatro anos iniciávamos um processo de organização de massas que resultou na organização de dezenas de Assembléias Populares envolvendo milhares de pessoas, desembocando na grande Assembléia Popular da Cidade em abril de 2005 (com mais de três mil pessoas). Todos os setores da esquerda que participaram desse processo decidiram abrir mão de sua riqueza. Alguns por não entenderem ou não acreditarem que de fato o Poder Popular pode ser uma alternativa para nossa sociedade; outros por acharem que tinham coisas melhores, mais importantes para fazer. Há ainda um setor que apostou e trabalhou pelo fim do MCP. Porém alguns militantes foram teimosos e, diante da disposição de centenas de pessoas em comunidades e bairros populares de continuarem sonhando que sua vez chegará, muitas delas sem outra opção que não a luta para reverter as péssimas condições materiais em que vivem, o MCP continuou vivo. À margem dos centros de poder e dos holofotes dos meios de comunicação, lutas foram gestadas e seguiram seu curso. Lutas como a luta por trabalho, realizada com base em incontáveis reuniões e plenárias, resultando em várias manifestações e originando a criação dos grupos de produção em vários bairros.
A ocupação da SEMAM é mais um passo nesse processo. Não nos interessa ficar a reboque dos frenesis de cada momento conjuntural da política do espetáculo, e muito menos ficar atrás da melhor foto. Nos interessa avançar a pequenos passos no tabuleiro da luta de classes. No dia 04 de novembro demos alguns destes passos, e ora compartilho com os que nos apóiam o resultado da mobilização:
1- O principal resultado foi mais um avanço na consciência de classe e na disposição de luta das mulheres, jovens, homens e crianças que participaram da ocupação com garra e alegria.
2 – Praia Mansa – compromisso da Prefeitura em intermediar com a DOCAS o acesso à Praia Mansa para lazer das comunidades e turismo de base comunitária. (A Praia Mansa é proibida inclusive para aqueles que lá viviam e foram removidos para o Serviluz). Assim demos um primeiro passo na luta contra a construção do Centro de Convenções e na retomada dessa área pela comunidade que dela foi expropriada. Muitos episódios dessa luta virão pela frente.
3 – Ponte da Sabiaguaba – apesar de se abster de responsabilidade sobre tal empreendimento, a Prefeitura reconheceu que existe um amplo projeto para além da ponte que afetará as comunidades do entorno, bem como a necessidade de envolvê-las nas discussões. Nesse sentido um primeiro passo será dado pela Câmara que realizará Audiência Pública sobre o assunto. Para comunidades como Caça e Pesca e Parque Água Fria será a primeira oportunidade de conhecer oficialmente algumas informações e colocar posições. Será fundamental acumular forças e apontá-las pra cima do DNIT.
4 – A Semam, Regional 6 e vereadores farão visitas de fiscalização em empreendimentos imobiliários que estão sendo construídos na Lagoa Seca e às margens do Rio Coaçu.
5 – Compromisso do relator do Plano Diretor de que nenhuma emenda ao plano será apresentada em plenário sem discussão prévia com os movimentos populares;
6 – Foi recusado nosso pedido de suspensão de licenças até aprovação do Plano. Contudo tanto Semam como PGM reconheceram serem legítimas revogações de licenças de empreendimentos que não se adeqüem aos novos parâmetros; porém só analisarão os casos em que forem provocadas;
7 – O relator do plano diretor admitiu a possibilidade de transformar as dunas fixas da Praia do Futuro em ZPA (com índice zero para construção).
8 – Quanto à faixa de praia da Praia do Futuro a SEMAM defendeu a proposta do Projeto Orla (retirada dos empreendimentos), mas os vereadores acham que deve haver uma mediação, reafirmamos nossa posição de defesa do Orla e o debate continuará.
9 – Turismo de Base Comunitária – montar-se-á uma mesa entre MCP, Setfor e Semam para discutir formas de apoio da Prefeitura para iniciativas e projetos;
10 – Moradia: avançamos nas difíceis negociações que envolvem desapropriações e projetos de construções em várias áreas da cidade. Mais um passo a frente.... Outros terão que ser dados.
11 – Grupos de Produção: compromisso de liberação dos recursos já acertados em curto prazo.
Igor Moreira
Militante do Movimento dos Conselhos Populares (MCP)
Há exatos quatro anos iniciávamos um processo de organização de massas que resultou na organização de dezenas de Assembléias Populares envolvendo milhares de pessoas, desembocando na grande Assembléia Popular da Cidade em abril de 2005 (com mais de três mil pessoas). Todos os setores da esquerda que participaram desse processo decidiram abrir mão de sua riqueza. Alguns por não entenderem ou não acreditarem que de fato o Poder Popular pode ser uma alternativa para nossa sociedade; outros por acharem que tinham coisas melhores, mais importantes para fazer. Há ainda um setor que apostou e trabalhou pelo fim do MCP. Porém alguns militantes foram teimosos e, diante da disposição de centenas de pessoas em comunidades e bairros populares de continuarem sonhando que sua vez chegará, muitas delas sem outra opção que não a luta para reverter as péssimas condições materiais em que vivem, o MCP continuou vivo. À margem dos centros de poder e dos holofotes dos meios de comunicação, lutas foram gestadas e seguiram seu curso. Lutas como a luta por trabalho, realizada com base em incontáveis reuniões e plenárias, resultando em várias manifestações e originando a criação dos grupos de produção em vários bairros.
A ocupação da SEMAM é mais um passo nesse processo. Não nos interessa ficar a reboque dos frenesis de cada momento conjuntural da política do espetáculo, e muito menos ficar atrás da melhor foto. Nos interessa avançar a pequenos passos no tabuleiro da luta de classes. No dia 04 de novembro demos alguns destes passos, e ora compartilho com os que nos apóiam o resultado da mobilização:
1- O principal resultado foi mais um avanço na consciência de classe e na disposição de luta das mulheres, jovens, homens e crianças que participaram da ocupação com garra e alegria.
2 – Praia Mansa – compromisso da Prefeitura em intermediar com a DOCAS o acesso à Praia Mansa para lazer das comunidades e turismo de base comunitária. (A Praia Mansa é proibida inclusive para aqueles que lá viviam e foram removidos para o Serviluz). Assim demos um primeiro passo na luta contra a construção do Centro de Convenções e na retomada dessa área pela comunidade que dela foi expropriada. Muitos episódios dessa luta virão pela frente.
3 – Ponte da Sabiaguaba – apesar de se abster de responsabilidade sobre tal empreendimento, a Prefeitura reconheceu que existe um amplo projeto para além da ponte que afetará as comunidades do entorno, bem como a necessidade de envolvê-las nas discussões. Nesse sentido um primeiro passo será dado pela Câmara que realizará Audiência Pública sobre o assunto. Para comunidades como Caça e Pesca e Parque Água Fria será a primeira oportunidade de conhecer oficialmente algumas informações e colocar posições. Será fundamental acumular forças e apontá-las pra cima do DNIT.
4 – A Semam, Regional 6 e vereadores farão visitas de fiscalização em empreendimentos imobiliários que estão sendo construídos na Lagoa Seca e às margens do Rio Coaçu.
5 – Compromisso do relator do Plano Diretor de que nenhuma emenda ao plano será apresentada em plenário sem discussão prévia com os movimentos populares;
6 – Foi recusado nosso pedido de suspensão de licenças até aprovação do Plano. Contudo tanto Semam como PGM reconheceram serem legítimas revogações de licenças de empreendimentos que não se adeqüem aos novos parâmetros; porém só analisarão os casos em que forem provocadas;
7 – O relator do plano diretor admitiu a possibilidade de transformar as dunas fixas da Praia do Futuro em ZPA (com índice zero para construção).
8 – Quanto à faixa de praia da Praia do Futuro a SEMAM defendeu a proposta do Projeto Orla (retirada dos empreendimentos), mas os vereadores acham que deve haver uma mediação, reafirmamos nossa posição de defesa do Orla e o debate continuará.
9 – Turismo de Base Comunitária – montar-se-á uma mesa entre MCP, Setfor e Semam para discutir formas de apoio da Prefeitura para iniciativas e projetos;
10 – Moradia: avançamos nas difíceis negociações que envolvem desapropriações e projetos de construções em várias áreas da cidade. Mais um passo a frente.... Outros terão que ser dados.
11 – Grupos de Produção: compromisso de liberação dos recursos já acertados em curto prazo.
Igor Moreira
Militante do Movimento dos Conselhos Populares (MCP)
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Órgãos Municipais e Polícia Militar Prometem Buscar Soluções para o Parque
Encontro do Movimento Proparque, usuários, Órgãos Municipais e Estaduais para elaboração de Proposta de uso e manutenção do Parque Ecológico Rio Branco. Do processo que se abre saiu uma pauta que poderá resultar em melhorias para o Parque
Reunião de 4 de novembro de 2008
Relatório Independente
Preliminares
Ao instalar o Projeto Fortaleza Bela no Parque Ecológico Rio Branco, dia 27 de fevereiro de 2005, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, criou uma Comissão para Elaborar a Proposta de Término da Urbanização do Parque Ecológico Rio Branco, integrada pelo Gabinete da Prefeita, SER II (coordenação), Semam, Emlurb, Guarda Municipal, Fundação Habitafor, Projeto Semear Adolescente Rio Branco, da Fundação da Família e da Criança Cidadã (Funci) e Movimento Proparque.
Das reuniões realizadas, para as quais toda a comunidade do bairro foi convidada pelo Movimento Proparque, saíram as decisões sobre o projeto arquitetônico que se encontra em fase de conclusão.
A reunião do dia 4 de novembro
Dando prosseguimento à tarefa da comissão formada pela prefeita, e diante dos acontecimentos de violência causados pelo tráfico de drogas na área do parque, o Movimento Proparque convocou a reunião para, juntos, comunidade e poder público, encontrarem a solução.
Estavam presentes à reunião: Joaci da Silva Leite (Secretário da SER II), Eudes Costa e Francisco José Cidrão (Emlurb), Marcos, Moacir, Josué, e Erivaldo (Secretaria de Esporte e Lazer), Gabriel (AMC), Carmelita Mateus e Elizabeth (Funci/Projeto Crescer com Arte), Major Douglas (Comando da Polícia Militar), Luciano Monteiro (Departamento de Esporte e Lazer da SER II), Weilla, Ramos, Mônica, e sub-inspetora Débora (Guarda Municipal), Tânia Naum e Patrícia Coelho (Agência Reguladora de Fortaleza-AFOR), Luísa Vaz, Ademir Costa, Francisca Malveira e Maria José Holanda (Movimento Proparque), Júlia, Lúcia, Antonio José, Graça e Lúcia (usuários do parque).
A coordenadora do Movimento Proparque, Luísa Vaz, fez a abertura dos trabalhos, deu as boas-vindas e falou da origem da entidade que dia 1º de novembro completou 13 anos de atividades.
Passou em seguida a palavra para Ademir Costa, que ressaltou:
* Permanecemos fiéis a nossa origem: a promoção de melhorias no Parque Ecológico Rio Branco.
* Continuamos tão independentes como no primeiro dia. Sem vinculação a partido, a político individualmente, a religião. E a todos recorrendo para conserguir as melhorias que têm vindo. Nem sempre na mesma proporção das reivindicações, mas têm vindo, graças à nossa independência.
* Conseguimos: iluminação, novos equipamentos, aumento no percurso da pista de cooper, o campo de futebol, área para projetos sociais (hoje com o Projeto Crescer com Arte), as entradas da Av. Pontes Vieira e da R. Castro Alves, a retirada dos casebres e casas para as famílias em lugares sadios, mais brinquedos para as crianças, o anfiteatro, novas grades e portões, plantio de mudas, diversos eventos de educação ambiental, modificar o projeto original que tinha até quadra de tênis, adaptando-o à realidade dos usuários moradores nas imediações do parque e cujos equipamentos estão agora em término de sua instalação.
Os presentes concordaram em ouvir uma síntese dos problemas do diagóstico do parque elaborado pelo Movimento Proparque. Em seguida, quem quisesse complementava o diagnóstico e seria marcada nova reunião para cada órgão presente apresentar as soluções estudadas para cada caso.
Eis a síntese do diagóstico:
1. Combate ao tráfico de drogas dentro do parque, fato conhecido, embora ninguém tenha coragem de denunciar vendedores, mas até morte no parque mostra a necessidade de uma ação da polícia especializada.
2. A reinclusão dos terrenos excluídos do parque pelos projetos de 2000 e 2002, de modo que a Unidade de Conservação volte a ter os limites originais de 1992, pois um decreto não pode desrespeitar uma lei;
3. Iluminação direcionada para o chão, em respeito às necessidades de aves que pernoitam no parque (as copas das árvores precisam ficar no escuro) e não exija corte de galhos;
4. Espaço para o Centro Popular de Cultura e Meio Ambiente Lauro Maia, para ser local de reunião da comunidade e referência em educação ambiental. Para isso, sugerimos a desapropriação de imóveis cujos muros limitam com o parque;
5. Bancos em círculo, que favoreçam o encontro e a conversa em pequenos grupos (Excelentes para serem usados também – não exclusivamente – durante cursos e trabalhos de educação ambiental, discussões da comunidade, cursos e treinamentos). A disposição atual dos bancos sugere apenas a contemplação, não a conversa.
6. Espaço para instalação de lonas ou pequenos circos de projetos educativos, oficiais ou de ONGs;
7. Arborização, dando preferência à vegetação nativa, abatendo somente as árvores cujos problemas não possam ser corrigidos com correto manejo e que ameacem causar acidentes.
8. Áreas para feirinhas e exposições da comunidade. (Em construção)
9. Administração permanente no Parque, em três turnos e sete dias da semana, que possa prevenir, detectar e corrigir problemas, antes que se agravem. O parque tem 7 vigilantes e 10 trabalhadores de varrer o terreno e cuidar as plantas.
10. A retirada da ocupação irregular conhecida como “Vila Manduca” e transferência das famílias para desafogar a nascente do riacho. Essas residências foram construídas muito próximas à (ou sobre a) nascente do Riacho Rio Branco.
11. Sanitários para o Público. Por incrível que pareça, os sanitários construídos pela Administração Municipal dentro do parque não são disponibilizados para a população usuária, constituída também por pessoas hipertensas que, durante as caminhadas, sentem necessidades fisiológicas que não podem ser atendidas e se vêem em situação vexatória.
12. Sede digna para a administração. Falta um espaço propício à convivência e ao descanso de funcionários do parque. O existente, próximo à entrada da Av. Pontes Vieira, é pequeno, desconfortável e conta com banheiro e sanitário precários.
13. É freqüente flagrar pessoas trafegando nas alemedas do parque de animal, automóvel, moto, carroça ou bicicleta. Funcionários da prefeitura entram de carro no parque, apesar de haver estacionamento na Av. Visconde do Rio Branco. Donos de cavalos e jumentos soltam no logradouro seus animais a pastar. Pessoas levam cachorros até de raças ferozes para passeios ali, sem equipamentos de proteção como focinheira.
14. É constante a quebra de grades, colunas, brinquedos, árvores, pontes e bancos, além da pichação de muros e colunas, bem como a queima de lixo e entulho.
15. Famílias, igrejas e empresas localizadas em terrenos próximos ao parque direcionam para ele suas águas pluviais, o que provoca erosão constante das margens dos rios.
16. Nas podas e capinas, empresas terceirizadas eliminam espécies nativas propícias à arborização e ornamentação, quebram galhos de árvores antigas e matam suas mudas. É o caso das palmeiras de Macaúba e da planta Xanana (nome popular). Esta última é uma pequena planta endêmica, muito resistente, cuja flor creme desabrocha todas as manhãs.
17. Necessidade de Perícia Técnica. As observações e sugestões aqui apresentadas partem do olhar popular, portanto, não-especializado. Trata-se, porém, de uma visão essencial, por ser baseada no saber vivencial. Urge que a Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) da Prefeitura de Fortaleza faça uma perícia técnica no Parque Ecológico Rio Branco, a fim de que sejam identificados estes e possivelmente outros problemas, para posterior correção, mediante projetos elaborados pela própria Semam ou por outros órgãos e secretarias do Município, para execução pela Secretaria Executiva Regional II (SER II) e Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb).
18. Persiste, entretanto, uma confusão quanto às atribuições dos órgãos da Prefeitura de Fortaleza em relação ao parque. Semam, SER II e Emlurb formam uma tríade que não fala a mesma linguagem. Guarda Municipal, Habitafor, Afor, Funcet, Funci e AMC são órgãos mais específicos sobre cujas atribuições inexistem dúvidas
Debate e Sugestões
Nesta fase da reunião, surgiram as seguintes idéias:
• Garantir a segurança no parque
• Levar para o Dr. Arimá Rocha, Comandante da Guarda Municipal, a necessidade de mais guardas no parque;
• Solicitar a entrada da Polícia Civil na investigação de venda de drogas no parque;
• Retirada dos impedimentos da entrada do parque pela R. Cap. Gustavo para permitir a entrada de policiais e de veículos de manutenção;
• Deixar o campo de futebol nas dimensões oficiais. O Movimento Proparque esclareceu que há decisão contrária, do Ministério Público Estadual, de 2003, e que a solução acordada pelos times é o atual campo ser dividido em dois de futebol society;
• Limpeza dos córregos;
• Varrição que provoca erosão e expõe as raízes das árvores;
• Necessidade de informações e frases educativas em placas ao longo do parque;
• A varrição do parque causa erosão;
• Criar o parque, oficialmente, conforme a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). Com isso, o parque passará a ter proteção institucional mais ampla, plano de manejo e comitê gestor integrado pelo governo e sociedade civil;
• Colocar vigilância armada no parque no intervalo compreendido entre as 23 e as 5 horas.
Decisões
• Major Douglas vai colocar policiais militares no parque, das 6h30min às 23 horas. Ele vai analisar a melhor tática: se os guardas estarão de moto ou a pé;
• O Projeto Crescer com Arte vai garantir o almoço dos policiais;
• A SER II vai estudar a melhor forma de resolver o acesso de veículos da segurança ao parque, sem que isso signifique a liberação para automóveis e motos de particulares;
• A sub-inspetora Débora lembrará ao Comandante da Guarda o compromisso de ele articular com a Polícia Civil o combate ao tráfico no bairro;
• A Afor analisará a forma de retirar do começo da R. Frei Vidal os particulares que usam o espaço como locadora de automóveis, para ali instalar a administração do parque;
• Cada órgão ali presente vai escolher a melhor solução para os problemas do parque relacionados com sua pasta, a partir de critérios profissionais. As sugestões apresentadas pelas pessoas ali presentes dão o sentimento delas acerca do caso, mas a solução deve ser técnica; e
• A próxima reunião, para a comunicação das decisões de cada órgão será dia 25 de novembro, às 8h, naquele mesmo local.
Reunião de 4 de novembro de 2008
Relatório Independente
Preliminares
Ao instalar o Projeto Fortaleza Bela no Parque Ecológico Rio Branco, dia 27 de fevereiro de 2005, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, criou uma Comissão para Elaborar a Proposta de Término da Urbanização do Parque Ecológico Rio Branco, integrada pelo Gabinete da Prefeita, SER II (coordenação), Semam, Emlurb, Guarda Municipal, Fundação Habitafor, Projeto Semear Adolescente Rio Branco, da Fundação da Família e da Criança Cidadã (Funci) e Movimento Proparque.
Das reuniões realizadas, para as quais toda a comunidade do bairro foi convidada pelo Movimento Proparque, saíram as decisões sobre o projeto arquitetônico que se encontra em fase de conclusão.
A reunião do dia 4 de novembro
Dando prosseguimento à tarefa da comissão formada pela prefeita, e diante dos acontecimentos de violência causados pelo tráfico de drogas na área do parque, o Movimento Proparque convocou a reunião para, juntos, comunidade e poder público, encontrarem a solução.
Estavam presentes à reunião: Joaci da Silva Leite (Secretário da SER II), Eudes Costa e Francisco José Cidrão (Emlurb), Marcos, Moacir, Josué, e Erivaldo (Secretaria de Esporte e Lazer), Gabriel (AMC), Carmelita Mateus e Elizabeth (Funci/Projeto Crescer com Arte), Major Douglas (Comando da Polícia Militar), Luciano Monteiro (Departamento de Esporte e Lazer da SER II), Weilla, Ramos, Mônica, e sub-inspetora Débora (Guarda Municipal), Tânia Naum e Patrícia Coelho (Agência Reguladora de Fortaleza-AFOR), Luísa Vaz, Ademir Costa, Francisca Malveira e Maria José Holanda (Movimento Proparque), Júlia, Lúcia, Antonio José, Graça e Lúcia (usuários do parque).
A coordenadora do Movimento Proparque, Luísa Vaz, fez a abertura dos trabalhos, deu as boas-vindas e falou da origem da entidade que dia 1º de novembro completou 13 anos de atividades.
Passou em seguida a palavra para Ademir Costa, que ressaltou:
* Permanecemos fiéis a nossa origem: a promoção de melhorias no Parque Ecológico Rio Branco.
* Continuamos tão independentes como no primeiro dia. Sem vinculação a partido, a político individualmente, a religião. E a todos recorrendo para conserguir as melhorias que têm vindo. Nem sempre na mesma proporção das reivindicações, mas têm vindo, graças à nossa independência.
* Conseguimos: iluminação, novos equipamentos, aumento no percurso da pista de cooper, o campo de futebol, área para projetos sociais (hoje com o Projeto Crescer com Arte), as entradas da Av. Pontes Vieira e da R. Castro Alves, a retirada dos casebres e casas para as famílias em lugares sadios, mais brinquedos para as crianças, o anfiteatro, novas grades e portões, plantio de mudas, diversos eventos de educação ambiental, modificar o projeto original que tinha até quadra de tênis, adaptando-o à realidade dos usuários moradores nas imediações do parque e cujos equipamentos estão agora em término de sua instalação.
Os presentes concordaram em ouvir uma síntese dos problemas do diagóstico do parque elaborado pelo Movimento Proparque. Em seguida, quem quisesse complementava o diagnóstico e seria marcada nova reunião para cada órgão presente apresentar as soluções estudadas para cada caso.
Eis a síntese do diagóstico:
1. Combate ao tráfico de drogas dentro do parque, fato conhecido, embora ninguém tenha coragem de denunciar vendedores, mas até morte no parque mostra a necessidade de uma ação da polícia especializada.
2. A reinclusão dos terrenos excluídos do parque pelos projetos de 2000 e 2002, de modo que a Unidade de Conservação volte a ter os limites originais de 1992, pois um decreto não pode desrespeitar uma lei;
3. Iluminação direcionada para o chão, em respeito às necessidades de aves que pernoitam no parque (as copas das árvores precisam ficar no escuro) e não exija corte de galhos;
4. Espaço para o Centro Popular de Cultura e Meio Ambiente Lauro Maia, para ser local de reunião da comunidade e referência em educação ambiental. Para isso, sugerimos a desapropriação de imóveis cujos muros limitam com o parque;
5. Bancos em círculo, que favoreçam o encontro e a conversa em pequenos grupos (Excelentes para serem usados também – não exclusivamente – durante cursos e trabalhos de educação ambiental, discussões da comunidade, cursos e treinamentos). A disposição atual dos bancos sugere apenas a contemplação, não a conversa.
6. Espaço para instalação de lonas ou pequenos circos de projetos educativos, oficiais ou de ONGs;
7. Arborização, dando preferência à vegetação nativa, abatendo somente as árvores cujos problemas não possam ser corrigidos com correto manejo e que ameacem causar acidentes.
8. Áreas para feirinhas e exposições da comunidade. (Em construção)
9. Administração permanente no Parque, em três turnos e sete dias da semana, que possa prevenir, detectar e corrigir problemas, antes que se agravem. O parque tem 7 vigilantes e 10 trabalhadores de varrer o terreno e cuidar as plantas.
10. A retirada da ocupação irregular conhecida como “Vila Manduca” e transferência das famílias para desafogar a nascente do riacho. Essas residências foram construídas muito próximas à (ou sobre a) nascente do Riacho Rio Branco.
11. Sanitários para o Público. Por incrível que pareça, os sanitários construídos pela Administração Municipal dentro do parque não são disponibilizados para a população usuária, constituída também por pessoas hipertensas que, durante as caminhadas, sentem necessidades fisiológicas que não podem ser atendidas e se vêem em situação vexatória.
12. Sede digna para a administração. Falta um espaço propício à convivência e ao descanso de funcionários do parque. O existente, próximo à entrada da Av. Pontes Vieira, é pequeno, desconfortável e conta com banheiro e sanitário precários.
13. É freqüente flagrar pessoas trafegando nas alemedas do parque de animal, automóvel, moto, carroça ou bicicleta. Funcionários da prefeitura entram de carro no parque, apesar de haver estacionamento na Av. Visconde do Rio Branco. Donos de cavalos e jumentos soltam no logradouro seus animais a pastar. Pessoas levam cachorros até de raças ferozes para passeios ali, sem equipamentos de proteção como focinheira.
14. É constante a quebra de grades, colunas, brinquedos, árvores, pontes e bancos, além da pichação de muros e colunas, bem como a queima de lixo e entulho.
15. Famílias, igrejas e empresas localizadas em terrenos próximos ao parque direcionam para ele suas águas pluviais, o que provoca erosão constante das margens dos rios.
16. Nas podas e capinas, empresas terceirizadas eliminam espécies nativas propícias à arborização e ornamentação, quebram galhos de árvores antigas e matam suas mudas. É o caso das palmeiras de Macaúba e da planta Xanana (nome popular). Esta última é uma pequena planta endêmica, muito resistente, cuja flor creme desabrocha todas as manhãs.
17. Necessidade de Perícia Técnica. As observações e sugestões aqui apresentadas partem do olhar popular, portanto, não-especializado. Trata-se, porém, de uma visão essencial, por ser baseada no saber vivencial. Urge que a Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) da Prefeitura de Fortaleza faça uma perícia técnica no Parque Ecológico Rio Branco, a fim de que sejam identificados estes e possivelmente outros problemas, para posterior correção, mediante projetos elaborados pela própria Semam ou por outros órgãos e secretarias do Município, para execução pela Secretaria Executiva Regional II (SER II) e Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb).
18. Persiste, entretanto, uma confusão quanto às atribuições dos órgãos da Prefeitura de Fortaleza em relação ao parque. Semam, SER II e Emlurb formam uma tríade que não fala a mesma linguagem. Guarda Municipal, Habitafor, Afor, Funcet, Funci e AMC são órgãos mais específicos sobre cujas atribuições inexistem dúvidas
Debate e Sugestões
Nesta fase da reunião, surgiram as seguintes idéias:
• Garantir a segurança no parque
• Levar para o Dr. Arimá Rocha, Comandante da Guarda Municipal, a necessidade de mais guardas no parque;
• Solicitar a entrada da Polícia Civil na investigação de venda de drogas no parque;
• Retirada dos impedimentos da entrada do parque pela R. Cap. Gustavo para permitir a entrada de policiais e de veículos de manutenção;
• Deixar o campo de futebol nas dimensões oficiais. O Movimento Proparque esclareceu que há decisão contrária, do Ministério Público Estadual, de 2003, e que a solução acordada pelos times é o atual campo ser dividido em dois de futebol society;
• Limpeza dos córregos;
• Varrição que provoca erosão e expõe as raízes das árvores;
• Necessidade de informações e frases educativas em placas ao longo do parque;
• A varrição do parque causa erosão;
• Criar o parque, oficialmente, conforme a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). Com isso, o parque passará a ter proteção institucional mais ampla, plano de manejo e comitê gestor integrado pelo governo e sociedade civil;
• Colocar vigilância armada no parque no intervalo compreendido entre as 23 e as 5 horas.
Decisões
• Major Douglas vai colocar policiais militares no parque, das 6h30min às 23 horas. Ele vai analisar a melhor tática: se os guardas estarão de moto ou a pé;
• O Projeto Crescer com Arte vai garantir o almoço dos policiais;
• A SER II vai estudar a melhor forma de resolver o acesso de veículos da segurança ao parque, sem que isso signifique a liberação para automóveis e motos de particulares;
• A sub-inspetora Débora lembrará ao Comandante da Guarda o compromisso de ele articular com a Polícia Civil o combate ao tráfico no bairro;
• A Afor analisará a forma de retirar do começo da R. Frei Vidal os particulares que usam o espaço como locadora de automóveis, para ali instalar a administração do parque;
• Cada órgão ali presente vai escolher a melhor solução para os problemas do parque relacionados com sua pasta, a partir de critérios profissionais. As sugestões apresentadas pelas pessoas ali presentes dão o sentimento delas acerca do caso, mas a solução deve ser técnica; e
• A próxima reunião, para a comunicação das decisões de cada órgão será dia 25 de novembro, às 8h, naquele mesmo local.
sábado, 1 de novembro de 2008
01.NOV: Aniversário do Proparque
Completamos dia 1º de novembro, hoje, 13 anos de atividades. Começamos o 14º ano com a sensação de vitória, por vários motivos:
* Permanecemos fiéis a nossa origem: a promoção de melhorias no Parque Ecológico Rio Branco.
* Continuamos tão independentes como no primeiro dia. Sem vinculação a partido, a político individualmente, a religião. E a todos recorrendo para conserguir as melhorias que têm vindo. Nem sempre na mesma proporção das reivindicações, mas têm vindo, graças à nossa independência.
* Conseguimos: iluminação, novos equipamentos, aumento no percurso da pista de cooper, o campo de futebol, área para projetos sociais (Hoje com o Projeto Crescer com Arte), retirada dos casebres e casas para as famílias em lugares sadios, mais brinquedos para as crianças, o anfiteatro, novas grades e portões, plantio de mudas, diversos eventos de educação ambiental, modificar o projeto original que tinha até quadra de tênis, adaptando-o à realidade dos usuários moradores nas imediações do parque e cujos equipamentos estão agora em término de sua instalação.
AINDA NÃO CONSEGUIMOS TUDO. Veja abaixo situações ainda persistentes e que precisam melhorar. Conforme a legislação em vigor, o projeto do Parque Ecológico Rio Branco precisa contemplar:
1. A reinclusão dos terrenos excluídos do parque pelos projetos de 2000 e 2002, de modo que a Unidade de Conservação volte a ter os limites originais de 1992, pois um decreto não pode desrespeitar uma lei;
2. Iluminação direcionada para o chão, em respeito às necessidades de aves que pernoitam no parque (as copas das árvores precisam ficar no escuro) e não exija corte de galhos;
3. Espaço para o Centro Popular de Cultura e Meio Ambiente Lauro Maia, para ser local de reunião da comunidade e referência em educação ambiental. Para isso, sugerimos a desapropriação de imóveis cujos muros limitam com o parque;
4. Bancos em círculo, que favoreçam o encontro e a conversa em pequenos grupos (Excelentes para serem usados também – não exclusivamente – durante cursos e trabalhos de educação ambiental, discussões da comunidade, cursos e treinamentos). A disposição atual dos bancos sugere apenas a contemplação, não, a conversa.
5. Espaço para instalação de lonas ou pequenos circos de projetos educativos, oficiais ou de ONGs;
6. Arborização, dando preferência à vegetação nativa, abatendo somente as árvores cujos problemas não possam ser corrigidos com correto manejo e que ameacem causar acidentes.
7. Áreas para feirinhas e exposições da comunidade.
8. Há necessidade de uma administração profissional e permanente no Parque, em três turnos e sete dias da semana, que possa prevenir, detectar e corrigir problemas, antes que se agravem. O parque tem 7 vigilantes e 10 trabalhadores de varrer o terreno e cuidar as plantas.
9. Residências construídas muito próximas às (ou sobre as) nascentes fizeram diminuir o corpo d’água do Riacho Rio Branco e de outros riachos dentro do parque.
10. A retirada da ocupação irregular conhecida como “Vila Manduca”.
11. Sanitários para o Público. Por inacreditável que pareça, os sanitários construídos pela Administração Municipal dentro do parque não são disponibilizados para a população usuária, constituída também por pessoas hipertensas que, durante as caminhadas, sentem necessidades fisiológicas que não podem ser atendidas e se vêem em situação vexatória.
12. Sede Digna para a Administração. Falta um espaço propício à convivência e ao descanso de funcionários do parque. O existente, próximo à entrada da Av. Pontes Vieira, é pequeno, desconfortável e conta com banheiro e sanitário precários.
13. É freqüente flagrar pessoas trafegando nas alemedas do parque de animal, automóvel, moto, carroça ou bicicleta. Funcionários da prefeitura entram de carro no parque, apesar de haver estacionamento na Av. Visconde do Rio Branco. Donos de cavalos e jumentos soltam no logradouro seus animais a pastar. Pessoas levam cachorros até de raças ferozes para passeios ali, sem equipamentos de proteção como focinheira.
14. É sabido, também, que o parque é usado para tráfico e consumo de drogas, embora ninguém tenha coragem de denunciar vendedores e dependentes, o que mostra a necessidade de uma ação da polícia especializada, para confirmar o fato e adotar providências. Mortes como a de 19.10.2008, em frente ao parque, comprovam esta informação.
15. É constante a quebra de grades, colunas, brinquedos, árvores, pontes e bancos, além da pichação de muros e colunas, bem como a queima de lixo e entulho.
16. Famílias e empresas localizadas em terrenos próximos ao parque direcionam para ele suas águas pluviais, o que provoca erosão constante das margens dos rios.
17. Nas podas e capinas, empresas terceirizadas eliminam espécies nativas propícias à arborização e ornamentação, quebram galhos de árvores antigas e matam suas mudas. É o caso das palmeiras de Macaúba e da planta Xanana (ou Chanana, nomes populares). Esta última é uma pequena planta endêmica, muito resistente, cuja flor creme desabrocha todas as manhãs.
18. Necessidade de Perícia Técnica. As observações e sugestões aqui apresentadas partem do olhar popular, portanto, não-especializado. Trata-se, porém, de uma visão essencial, por ser baseada no saber vivencial. Urge que a Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) da Prefeitura de Fortaleza faça uma perícia técnica no Parque Ecológico Rio Branco, para que sejam identificados estes e possivelmente outros problemas, para posterior correção, mediante projetos elaborados pela própria Semam ou por outros órgãos e secretarias do Município, para execução pela Secretaria Executiva Regional II (SER II) e Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb).
* Permanecemos fiéis a nossa origem: a promoção de melhorias no Parque Ecológico Rio Branco.
* Continuamos tão independentes como no primeiro dia. Sem vinculação a partido, a político individualmente, a religião. E a todos recorrendo para conserguir as melhorias que têm vindo. Nem sempre na mesma proporção das reivindicações, mas têm vindo, graças à nossa independência.
* Conseguimos: iluminação, novos equipamentos, aumento no percurso da pista de cooper, o campo de futebol, área para projetos sociais (Hoje com o Projeto Crescer com Arte), retirada dos casebres e casas para as famílias em lugares sadios, mais brinquedos para as crianças, o anfiteatro, novas grades e portões, plantio de mudas, diversos eventos de educação ambiental, modificar o projeto original que tinha até quadra de tênis, adaptando-o à realidade dos usuários moradores nas imediações do parque e cujos equipamentos estão agora em término de sua instalação.
AINDA NÃO CONSEGUIMOS TUDO. Veja abaixo situações ainda persistentes e que precisam melhorar. Conforme a legislação em vigor, o projeto do Parque Ecológico Rio Branco precisa contemplar:
1. A reinclusão dos terrenos excluídos do parque pelos projetos de 2000 e 2002, de modo que a Unidade de Conservação volte a ter os limites originais de 1992, pois um decreto não pode desrespeitar uma lei;
2. Iluminação direcionada para o chão, em respeito às necessidades de aves que pernoitam no parque (as copas das árvores precisam ficar no escuro) e não exija corte de galhos;
3. Espaço para o Centro Popular de Cultura e Meio Ambiente Lauro Maia, para ser local de reunião da comunidade e referência em educação ambiental. Para isso, sugerimos a desapropriação de imóveis cujos muros limitam com o parque;
4. Bancos em círculo, que favoreçam o encontro e a conversa em pequenos grupos (Excelentes para serem usados também – não exclusivamente – durante cursos e trabalhos de educação ambiental, discussões da comunidade, cursos e treinamentos). A disposição atual dos bancos sugere apenas a contemplação, não, a conversa.
5. Espaço para instalação de lonas ou pequenos circos de projetos educativos, oficiais ou de ONGs;
6. Arborização, dando preferência à vegetação nativa, abatendo somente as árvores cujos problemas não possam ser corrigidos com correto manejo e que ameacem causar acidentes.
7. Áreas para feirinhas e exposições da comunidade.
8. Há necessidade de uma administração profissional e permanente no Parque, em três turnos e sete dias da semana, que possa prevenir, detectar e corrigir problemas, antes que se agravem. O parque tem 7 vigilantes e 10 trabalhadores de varrer o terreno e cuidar as plantas.
9. Residências construídas muito próximas às (ou sobre as) nascentes fizeram diminuir o corpo d’água do Riacho Rio Branco e de outros riachos dentro do parque.
10. A retirada da ocupação irregular conhecida como “Vila Manduca”.
11. Sanitários para o Público. Por inacreditável que pareça, os sanitários construídos pela Administração Municipal dentro do parque não são disponibilizados para a população usuária, constituída também por pessoas hipertensas que, durante as caminhadas, sentem necessidades fisiológicas que não podem ser atendidas e se vêem em situação vexatória.
12. Sede Digna para a Administração. Falta um espaço propício à convivência e ao descanso de funcionários do parque. O existente, próximo à entrada da Av. Pontes Vieira, é pequeno, desconfortável e conta com banheiro e sanitário precários.
13. É freqüente flagrar pessoas trafegando nas alemedas do parque de animal, automóvel, moto, carroça ou bicicleta. Funcionários da prefeitura entram de carro no parque, apesar de haver estacionamento na Av. Visconde do Rio Branco. Donos de cavalos e jumentos soltam no logradouro seus animais a pastar. Pessoas levam cachorros até de raças ferozes para passeios ali, sem equipamentos de proteção como focinheira.
14. É sabido, também, que o parque é usado para tráfico e consumo de drogas, embora ninguém tenha coragem de denunciar vendedores e dependentes, o que mostra a necessidade de uma ação da polícia especializada, para confirmar o fato e adotar providências. Mortes como a de 19.10.2008, em frente ao parque, comprovam esta informação.
15. É constante a quebra de grades, colunas, brinquedos, árvores, pontes e bancos, além da pichação de muros e colunas, bem como a queima de lixo e entulho.
16. Famílias e empresas localizadas em terrenos próximos ao parque direcionam para ele suas águas pluviais, o que provoca erosão constante das margens dos rios.
17. Nas podas e capinas, empresas terceirizadas eliminam espécies nativas propícias à arborização e ornamentação, quebram galhos de árvores antigas e matam suas mudas. É o caso das palmeiras de Macaúba e da planta Xanana (ou Chanana, nomes populares). Esta última é uma pequena planta endêmica, muito resistente, cuja flor creme desabrocha todas as manhãs.
18. Necessidade de Perícia Técnica. As observações e sugestões aqui apresentadas partem do olhar popular, portanto, não-especializado. Trata-se, porém, de uma visão essencial, por ser baseada no saber vivencial. Urge que a Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) da Prefeitura de Fortaleza faça uma perícia técnica no Parque Ecológico Rio Branco, para que sejam identificados estes e possivelmente outros problemas, para posterior correção, mediante projetos elaborados pela própria Semam ou por outros órgãos e secretarias do Município, para execução pela Secretaria Executiva Regional II (SER II) e Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb).
ESCÂNDALO NA CÚPULA AMBIENTAL DE FORTALEZA E DO CEARÁ
Fórum Cearense do Meio Ambiente
Fortaleza, 1 de novembro de 2008
PELO APROFUNDAMENTO E EXTENSÃO DAS INVESTIGAÇÕES, AFASTAMENTO DOS SUSPEITOS E PUNIÇÃO DOS CULPADOS
As entidades, movimentos e personalidades abaixo-assinados, em face dos últimos episódios que levaram à prisão dos principais dirigentes dos órgãos de controle ambiental do Estado do Ceará, a saber, o Gerente do Ibama, o Superintendente da SEMACE e a Secretária do Meio Ambiente do Município de Fortaleza, vêm tornar público que:
1. É função da Polícia Federal a investigação e apuração de crimes. Em nosso Estado, a apuração por crimes ligados à concessão ilegal de licenças confirma suspeitas já publicizadas pelo movimento ecológico, no que concerne à permissividade no processo de licenciamento;
2. Esperam e requerem que tais investigações sejam aprofundadas, com a
extensão das investigações para outros casos - já denunciados pelo movimento ambientalista - que podem também estar vinculados a processos de favorecimento, tráfico de influência ou corrupção;
3. Consideram que, dada a gravidade dos fatos em apuração, os gestores que se encontram sob investigação devem ser afastados de seus cargos, até o final da apuração, para garantir a tranqüilidade do procedimento investigatório e a moralidade da coisa pública, profundamente atingida por esses episódios;
4. Finalmente, são pela apuração rigorosa de todas as licenças concedidas na gestão dos servidores investigados, já que a atividade de licenciamento ambiental se encontra comprometida por completo, sob suspeição de corrupção e tráfico de influência.
Movimento SOS Cocó
Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB Fort
Instituto da Memória do Povo Cearense - IMOPEC
Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz
Movimento pela Revitalização do Pólo de Lazer da Sargento Herminio
João Alfredo Melo - Ambientalista, Vereador eleito Psol Fortaleza
Mardineuson Sena - Geógrafo, Professor da URCA
Grupo de Estudos Regionais - URCA
Magnólia Said - Advogada
Fórum Cearense por uma Nova Cultura das Águas
Antonio Ricardo Domingos da Costa Tapeba- Articulação dos Povos Indigenas no Nordeste, Minas Gerais, Espirito Santo
Maria Amélia Leite, Missionária, Associação Missão Tremembé-AMIT
Ana Maria Ferreira Cardoso - Ambientalista, doutoranda Educação UFC
Arnaldo Fernandes - Ambientalista
Anote - Agência de Notícias Esperança
Movimento Proparque
Movimento Pró-Parque Lagoa Itaperaoba
Fórum Cearense do Meio Ambiente
Fortaleza, 1 de novembro de 2008
PELO APROFUNDAMENTO E EXTENSÃO DAS INVESTIGAÇÕES, AFASTAMENTO DOS SUSPEITOS E PUNIÇÃO DOS CULPADOS
As entidades, movimentos e personalidades abaixo-assinados, em face dos últimos episódios que levaram à prisão dos principais dirigentes dos órgãos de controle ambiental do Estado do Ceará, a saber, o Gerente do Ibama, o Superintendente da SEMACE e a Secretária do Meio Ambiente do Município de Fortaleza, vêm tornar público que:
1. É função da Polícia Federal a investigação e apuração de crimes. Em nosso Estado, a apuração por crimes ligados à concessão ilegal de licenças confirma suspeitas já publicizadas pelo movimento ecológico, no que concerne à permissividade no processo de licenciamento;
2. Esperam e requerem que tais investigações sejam aprofundadas, com a
extensão das investigações para outros casos - já denunciados pelo movimento ambientalista - que podem também estar vinculados a processos de favorecimento, tráfico de influência ou corrupção;
3. Consideram que, dada a gravidade dos fatos em apuração, os gestores que se encontram sob investigação devem ser afastados de seus cargos, até o final da apuração, para garantir a tranqüilidade do procedimento investigatório e a moralidade da coisa pública, profundamente atingida por esses episódios;
4. Finalmente, são pela apuração rigorosa de todas as licenças concedidas na gestão dos servidores investigados, já que a atividade de licenciamento ambiental se encontra comprometida por completo, sob suspeição de corrupção e tráfico de influência.
Movimento SOS Cocó
Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB Fort
Instituto da Memória do Povo Cearense - IMOPEC
Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz
Movimento pela Revitalização do Pólo de Lazer da Sargento Herminio
João Alfredo Melo - Ambientalista, Vereador eleito Psol Fortaleza
Mardineuson Sena - Geógrafo, Professor da URCA
Grupo de Estudos Regionais - URCA
Magnólia Said - Advogada
Fórum Cearense por uma Nova Cultura das Águas
Antonio Ricardo Domingos da Costa Tapeba- Articulação dos Povos Indigenas no Nordeste, Minas Gerais, Espirito Santo
Maria Amélia Leite, Missionária, Associação Missão Tremembé-AMIT
Ana Maria Ferreira Cardoso - Ambientalista, doutoranda Educação UFC
Arnaldo Fernandes - Ambientalista
Anote - Agência de Notícias Esperança
Movimento Proparque
Movimento Pró-Parque Lagoa Itaperaoba
Fórum Cearense do Meio Ambiente
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