quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
O beija-flor
A metáfora do beija-flor encontra nova versão no Parque Ecológico Rio Branco através do senhor Alfredo Sena. Quem caminha todo dia ali se surpreende com o gesto desse senhor quase idoso que, com sua ação, demonstra amor especial pelas plantas. Baldes nas duas mãos, ele faz várias visitas a espécies ameaçadas de morte por falta de aguação.
Empolgado com o verde que ressurge de galhos retorcidos, ele quis conhecer as plantas, descobrir seus segredos. Foi à internet e viu com alegria que uma planta que ele conseguira salvar é conhecida popularmente como Mulungu, cujo nome científico é Erytrina Velutina.
Essa planta é típica da Mata Atlântica e tem propriedades curativas. Muito usada também em artesanato, é uma das espécies ameaçadas de extinção.
Seu Alfredo nos contou que plantou muitas mudas de abacate, ipê roxo e até um pé de chuchu. “Eu comprei uns abacates e fiquei com pena de jogar os caroços fora. Então fiz as mudas e trouxe para o parque. O chuchu eu encontrei no lixo e plantei aqui”, diz mostrando a planta já crescida.
O amor pelas plantas é herança de seu pai, conta seu Alfredo. E é tanto amor que num dia de sábado estava eu em casa quando ouvi barulho de enxada no parque. Valha-me Deus, é gente querendo fazer barraco. Corri para ver e qual não foi minha surpresa de ver seu Alfredo todo equipado: tesoura de podar, enxada e, é claro, os baldes cheios de água! Seu
Alfredo, é o senhor? “É, eu vim afastar o mato do pé das plantas”. Traduzindo, seu Alfredo não é só de plantar, mas é também de cuidar.
Seu Alfredo nos ensina que vale a pena sair do comodismo e agir.
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