5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente, foi definido pela Assembleia Geral das Nações
Unidas, em 1972, na abertura da Conferência de Estocolmo sobre o ambiente
humano. Desde então a data vem sendo comemorada como forma de alertar os
governos e as populações para o uso
sustentável dos bens naturais.
Aos governos caberia a tarefa de impor, através de leis, o
uso correto da terra nas produções agrícolas, não permitindo práticas nocivas ao
planeta e às pessoas, como o uso e o abuso de agrotóxicos; o desmatamento de florestas e mata ciliar; o cultivo
de monoculturas; as atividades econômicas em áreas de mangue, como as
criações de camarão em cativeiro; o desrespeito às terras dos índios...
Às populações caberia a responsabilidade de não jogar lixo
nas ruas, nos riachos e bueiros; proteger plantas e animais; denunciar crimes
ambientais praticados por pessoas ou governos
e buscar formas solidárias de convivência com o meio ambiente, entre
outras atividades.
Neste sentido, a Constituição Brasileira, em seu artigo 225,
diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações”. (CB, 1998).
Solidariedade parece ser
o termo mais adequado para se entender o artigo 225 da nossa Constituição. Quem
é solidário não envenena a água e os alimentos dos seus semelhantes; quem é
solidário não destrói as florestas, pois estas são abrigo de espécies animais e
vegetais, além de produzirem o oxigênio essencial à vida; quem é solidário não
exaure a terra, pois dela irão depender as gerações futuras; quem é solidário
não destrói os mangues, pois neles muitas espécies se reproduzem. Do mangue
muitas populações tradicionais sobrevivem, como as marisqueiras do litoral
nordestino; quem é solidário reconhece que os índios já foram roubados ao
extremo, tanto em suas terras quanto em sua cultura.
O Movimento Proparque, ao criar a Festa da Vida, em 1998, em
consonância com o artigo 225 da CF,
pensou em destacar a solidariedade de grupos, movimentos, associações pessoas e
governos em suas ações em prol da vida. Neste
ano a festa foi realizada no dia 10 de junho, de 17h às 19h, no anfiteatro do
Parque Ecológico Rio Branco. A Festa da
Vida ousa querer ser um palco onde todos possam mostrar o que estão fazendo
pela vida. Podem ser grandes e importantes tarefas, mas também podem ser ações simples como o que o Proparque faz
há 17 anos: defender o Parque Rio Branco como bem público. “Nós podemos tudo, nós podemos mais”.
Luísa Vaz
Coordenadora do Movimento Proparque
e-mail: Luisa_revisa@hotmail.com
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