terça-feira, 18 de março de 2008

DIA DA ÁGUA: PROTESTO EM FORTALEZA


A manifestação Águas de Março, em frente à Semam mostrou a indignação de entidades ecológicas de Fortaleza frente à política da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano.

Lavagem simbólica da calçada da secretaria, entrega de documentos mediante discurso indignado e denúncia da situação dos espelhos d'água em Fortaleza, pelos meios de comunicação. Estes foram os pontos fortes da manifestação Águas de Março, na manhã de hoje, 18 de março, na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam).


O ato marcou, por antecipação, o Dia Mundial das Águas (22 de março), criado pela ONU. Contou com a participação de representantes do Movimento Pró-Parque Lagoa de Itaperaoba, Movimento SOS Cocó, Movimento Pró-Parque Sargento Hermínio, Frente Popular Ecológica e Movimento Proparque. Às 10 horas, os participantes lavaram simbolicamente (sem água) as calçadas da Semam, para demonstrar que aquela secretaria não desenvolve políticas "limpas" para manter sadio o meio ambiente de Fortaleza, mas autoriza obras que o destróem. Também é omissa diante de agressões aos rios, riachos e lagoas da cidade.


Dentre as obras autorizadas que prejudicam os recursos naturais os manifestantes citaram a "Torre Iguatemi" e a Av. Juarez Barroso, ambas depredadoras do Parque Ecológico Cocó. A invasão das margens da lagoa de Itaperaoba e o descaso para com Parque Ecológico Rio Branco, cortado por três riachos também foram debitados à inoperância da Semam.


A manifestação Águas de Março foi coordenada pelo Movimento SOS Cocó, criado na década 1980 e reativado ano passado. As entidades presentes levaram bandeiras, faixas, bonecos e esculturas com motivos ecológicos. A secretária Daniela Valente não recebeu os manifestantes. Deixou recado de que estava em compromisso. Mara Calvis, Coordenadora de Políticas Ambientais da Semam, recebeu um manifesto de repúdio à falta de políticas ambientais ou a políticas equivocadas e o dossiê elaborado pela Jornada pelas Áreas Verdes, documento que revela locais degradados e carentes de cuidados para preservar a vegetação e as águas.

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