Prosseguem as negociações do Movimento Proparque no sentido de conseguir melhor qualificação do Parque Ecológico Rio Branco. O ritmo das decisões é lento demais.Por
Ademir CostaO Movimento Proparque abriu negociação com o novo titular da Secretaria Executiva Regional II da Prefeitura de Fortaleza, Francisco Humberto de Araújo Filho. O comandante da Guarda Municipal garante marcar uma audiência com autoridades da Polícia Militar com vistas a ação conjunta no parque. A presidente da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) concorda com a mudança da sede da administração do Parque Ecológico Rio Branco e agenda visita ao parque para o próximo dia 25, às 9 h.
A conversa com o secretário SER II é natural, dado que ele acaba de assumir a pasta. Houve, entretanto, um fator adicional: a série de notícias negativas sobre o parque, durante e após o carnaval, quando um grupo ameaçou retornar ao parque e ali construir casebres como moradias. O secretário disse desejar negociação direta e franca, sem olhar para o passado. Não se comprometeu, porém, com uma data para o reinício das obras, paralisadas desde outubro 2007.
Humberto Filho ficou de analisar a proposta do Movimento Proparque para o projeto arquitetônico. A ong alertou para a irregularidade de uma alameda no terreno de alagamento do Riacho Rio Branco, por ser área de preservação permanente. Sobre esta área de preservação, o movimento encaminhou posteriormente para o secretário e para as arquitetas uma argumentação minuciosa e uma alternativa para a alameda, em "caminho" já aberto pelo uso popular, a quatro ou cinco metros do ponto previsto inicialmente. O movimento espera resposta.
A entidade recebeu a visita de dois assessores do Secretário de Governo da prefeitura, Valdemir Catanho. Eles queriam saber o porquê de as obras do parque não recomeçarem e das insatisfações da entidade. O Movimento Proparque solicitou uma audiência com o secretário Catanho, para mostrar a ele a necessidade de um decreto da prefeita para repor o parque nos limites de 1992. Para isso, os assessores saíram municiados de documentos que comprovam a necessidade de preservar os limites originais do parque.
O Movimento Proparque enviou para Eveline de Sousa Ferreira, presidente da Emlurb, proposta de encontro para discutir a arborização e um plano de manejo do parque. Isso porque, a nosso ver, as plantas não são bem cuidadas, as podas são desastradas e as mudas sofrem por falta d'água. Em resposta a nossa solicitação, a presidente da Emlurb vem ao parque dia 25 próximo.