(por Luísa Vaz)
O recente episódio dos R$ 400 mil que uma associação fantasma embolsou do Estado sob a promessa não cumprida de construir banheiros para uma comunidade carente de Pindoretama-CE me fez lembrar do filme “Quanto vale ou é por quilo?”, do cineasta Sérgio Bianchi (2005).
No filme é feita uma comparação da escravidão e seus males com o modelo neoliberal incorporado na prática de empurrar para o terceiro setor as demandas sociais que o Estado se recusa a atender diretamente, deixando as associações como executoras de projetos cujos resultados, via de regra, atendem mais os interesses dos executores que os interesses dos demandantes.
Em entrevista ao CETV, o governador disse que a intermediação da tal associação era a única forma de viabilizar a construção dos banheiros, mas não explicou por que diabos o Estado precisa dessa intermediação. Eu fico pensando que se é assim, por que o Estado não tem a precaução de saber a quem está entregando o dinheiro público? Será que o governador compra alguma coisa com o seu dinheiro dessa forma?
As cenas do filme são chocantes, mas não tanto quanto a vida real de pessoas cuja vulnerabilidade socioeconômica é exposta em manchetes de jornais, protagonistas de um enredo macabro que muitas vezes nem conseguem alcançar em sua amplitude.
E por falar em paralelismo, vou arriscar traçar um também, modestamente. Há um tipo de planta (parasita) que migra para as copas das árvores e rapidamente toma conta do caule dessas plantas, causando-lhes grande malefício e até a morte. Pois considero algumas associações, principalmente as comandadas (ou encomendadas!) por políticos, como parasitas que invadem o patrimônio público e causam grandes malefícios à cidadania. Explico: associação que se presta a certos papéis, com certeza é acrítica, conformada e conformadora. Não reivindica, só barganha com quem estiver no poder.
Depois de 16 anos atuando no Parque Ecológico Rio Branco, o Movimento Proparque continua sem CNPJ, sem barganha, sem padrinho político, sem verba governamental, mas com muita liberdade e discernimento.
terça-feira, 26 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Realizado com sucesso mais um Passeio Ecológico Proparque
Com uma procura superior ao número de assentos de um ônibus executivo da Gertaxi com 50 lugares, foi realizado mais um roteiro do projeto Passeios Ecológicos Proparque. Pacatuba, localizada ao pé da serra de Aratanha, mantém as características de cidade do interior, com casas bem cuidadas, ruas limpas e praças ajardinadas. Após uma breve trilha urbana, visitamos o Parque das Andréas, atração turística da cidade que reúne grande público durante todo o ano.
Em seguida fomos ao Ecoparque Apoena, onde fizemos trilha, assistimos a dois curtas-metragens (um da Disney e outro da Pixar) no avião-cinema e almoçamos no restaurante do Ecoparque. Os mais bem dispostos fizeram arvorismo, tirolesa e escalada. O Proparque fez sorteio de brindes para os participantes do passeio e cantamos parabéns para o aniversariante Hélio.
Sucesso no passeio, Lis, de apenas um ano, durante todo o percurso se manteve alegre e tranquila. Na outra ponta, Alexandre, oitentão bem-humorado, assim resumiu o passeio: “Eu não perco um passeio desses”.
Em seguida fomos ao Ecoparque Apoena, onde fizemos trilha, assistimos a dois curtas-metragens (um da Disney e outro da Pixar) no avião-cinema e almoçamos no restaurante do Ecoparque. Os mais bem dispostos fizeram arvorismo, tirolesa e escalada. O Proparque fez sorteio de brindes para os participantes do passeio e cantamos parabéns para o aniversariante Hélio.
Sucesso no passeio, Lis, de apenas um ano, durante todo o percurso se manteve alegre e tranquila. Na outra ponta, Alexandre, oitentão bem-humorado, assim resumiu o passeio: “Eu não perco um passeio desses”.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Um lançamento que vale a pena
Palavras que valeram a pena 3, título de uma obra que reúne os ensinamentos de Dr. Antero Coelho Neto sobre desenvolvimento humano e qualidade de vida , foi lançado ontem, no Centro Cultural Oboé.
“Enxuto e sarado”, como ele se autodenomina brincando em seu programa Novas Idades, na Rádio Universitária, o médico chega aos oitenta anos de vida ostentando disposição e vontade de contribuir com o bem-estar da sociedade brasileira, com foco, especialmente, naqueles que atingiram a terceira e quarta idades.
Artigos publicados em jornal local, entrevistas e outros escritos compõem o livro, que é uma síntese do que o Dr. Antero vem pregando por onde passa: longevidade e qualidade de vida.
Pioneiro no tema longevidade e qualidade de vida, Dr. Antero sempre destaca a importância dos espaços públicos e do meio ambiente como fatores que influenciam a vida das populações.
Vendo o oitentão firme em sua missão, um homem capaz de conviver com os acadêmicos dos centros mais avançados do mundo, mas ao mesmo tempo simples ao ponto de ouvir até uma arigó feito eu em seu programa, sinto uma alegria tão grande e me orgulho pela parte que me toca de ser cearense.
“Enxuto e sarado”, como ele se autodenomina brincando em seu programa Novas Idades, na Rádio Universitária, o médico chega aos oitenta anos de vida ostentando disposição e vontade de contribuir com o bem-estar da sociedade brasileira, com foco, especialmente, naqueles que atingiram a terceira e quarta idades.
Artigos publicados em jornal local, entrevistas e outros escritos compõem o livro, que é uma síntese do que o Dr. Antero vem pregando por onde passa: longevidade e qualidade de vida.
Pioneiro no tema longevidade e qualidade de vida, Dr. Antero sempre destaca a importância dos espaços públicos e do meio ambiente como fatores que influenciam a vida das populações.
Vendo o oitentão firme em sua missão, um homem capaz de conviver com os acadêmicos dos centros mais avançados do mundo, mas ao mesmo tempo simples ao ponto de ouvir até uma arigó feito eu em seu programa, sinto uma alegria tão grande e me orgulho pela parte que me toca de ser cearense.
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